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Funcionários da CPTM se negam a pôr mulher que sofreu ataque em cadeira de rodas por medo de processo

Em nota, empresa afirmou que usuária foi atendida por vigilante e encaminhada a hospital

São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7

Caso aconteceu na estação Hebraica-Rebouças na segunda-feira
Caso aconteceu na estação Hebraica-Rebouças na segunda-feira Caso aconteceu na estação Hebraica-Rebouças na segunda-feira

Uma usuária da CPTM teve um ataque epilético na estação Hebraica-Rebouças, por volta das 10h desta segunda-feira (17). Porém, funcionários da companhia teriam se negado a colocar a mulher em uma cadeira de rodas por medo de processo.

De acordo com a usuária da linha Caroline Santos, que ajudou a mulher no momento em que ela teve o ataque, cinco homens e uma mulher que trabalham na CPTM chegaram ao local segurando uma cadeira de rodas.

Caroline diz ter ajudado com os primeiros socorros, virando a usuária de lado e esperando ela recobrar os sentidos.

— Quando a gente viu que ela conseguia ficar mais ou menos sentada, mas muito pouco, porque ela apagava, a gente falou assim: "vamos colocar ela na cadeira de rodas". Aí eu olhei para eles e falei: "e aí"?

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Segundo ela, os homens disseram que não poderiam “colocar a mão” na mulher porque aquilo “daria processo”. A mulher que estava com eles teria concordado. Depois da recusa, Caroline e uma vigilante da estação teriam carregado a jovem até a cadeira. Porém, como não tinham força física para segurar a mulher, ela acabou se machucando ainda mais.

Ainda segundo a usuária, todos os homens “desapareceram” depois disso e apenas a funcionária ficou para ajudar.

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— Desde quando você não pode ajudar uma mulher em uma cadeira de rodas com medo de processo? Porque o processo é uma suposição. A omissão é uma realidade.

O R7 questionou a CPTM, por meio de sua assessoria de imprensa, sobre o fato com as seguintes perguntas:

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1. Qual o procedimento em casos como esse?

2. Como os funcionários são treinados para casos como esse?

3. Os funcionários agiram de forma correta ao negar colocar a mulher em uma cadeira de rodas?

4. Um funcionário homem não pode socorrer uma mulher?

5. Se sim, porque não foram encaminhadas mulheres para socorrer a usuária?

Em nota, a companhia limitou-se a dizer que “a CPTM esclarece que a usuária foi atendida por uma vigilante e foi encaminhada, por meio de ambulância da Companhia, para o Pronto-Socorro da Lapa” e que “todos os agentes de estação da CPTM são treinados para prestar os primeiros socorros aos usuários, sendo habilitados para utilizar desfibriladores em casos de parada cardíaca. Inclusive empregados já fizeram partos de emergência e salvaram vidas recentemente”.

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