Imagens de circuito devem ajudar a identificar suspeito de esquartejar corpo deixado em Higienópolis
Catador achou saco de lixo e suspeitou de mau cheiro; cadáver foi desfigurado
São Paulo|Lumi Zúnica, especial para o R7
Imagens de circuito interno de segurança instalado em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, devem ajudar a polícia a identificar o suspeito de ter deixado partes do corpo de um homem no cruzamento das ruas Sergipe e Sabará e entre as ruas Mato Grosso e José Eusébio, junto ao Cemitério da Consolação, no domingo (23).
Um catador de latinhas encontrou por volta das 9h dois braços e duas pernas num saco de lixo na esquina das ruas Sabará e Sergipe. Os braços estavam sem os dedos da vítima. Algumas horas depois, por volta do meio dia, um carrinho de feira foi encontrado na rua José Eusébio, na lateral do cemitério da Consolação contendo o tronco da vítima e logo depois foram achadas as coxas embrulhadas em plástico e amaradas com fitas adesivas ao pé de uma árvore na rua da Consolação.
O que mais chamou a atenção da polícia foi que os dedos da vítima foram cortados e a pele do tronco arrancada. Nem os dedos, nem a pele, a cabeça e a bacia foram encontrados ainda.
Uma testemunha que trabalha nas imediações, que prefere não se identificar, contou à reportagem que viu o carrinho na porta posterior do cemitério por volta de 9h. No entanto, ele foi encontrado pela polícia a mais de cem metros da porta do cemitério, na rua coronel José Eusébio, ou seja, foi retirado por alguém do cenário onde foi deixado inicialmente. A mesma testemunha afirma que passou às 7h pelo local onde foi encontrado o primeiro saco e não havia nada. Ela acredita que foi colocado entre 7h e 9h.
— Chamou minha atenção porque era um carrinho de feira novo, com uma bolsa cor azul e rodas brancas e eu até pensei em levar pra casa, mas achei que fossem restos de macumba.
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As partes do corpo foram encaminhadas ao IML (Instituto Médico Legal) central e também foram apreendidos o carrinho e um par de sapatos masculinos na cor negra com sola de borracha encontrados nas proximidades. As partes do corpo estavam enroladas em um vestido de mulher. O delegado Itagiba Antonio Vieira Franco disse que existe a hipótese de se tratar de um travesti. O caso é investigado pelo DHPP (Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).