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Irmãos Cravinhos poderão passar parte do dia fora da cadeia

Eles foram condenados por matar os pais de Suzane Von Richthofen; ela também está presa

São Paulo|Do R7

Cristian Cravinhos (e), seu irmão Daniel Cravinhos (c) e Suzane Von Richthofen foram presos pelo assassinato do casal Manfred e Marisia Von Richthofen
Cristian Cravinhos (e), seu irmão Daniel Cravinhos (c) e Suzane Von Richthofen foram presos pelo assassinato do casal Manfred e Marisia Von Richthofen AGLIBERTO LIMA

Os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos de Paula e Silva poderão passar parte do dia fora da cadeia. Eles foram condenados a 38 anos de prisão pela morte dos pais de Suzane Von Richthofen, namorada de Daniel na época do crime. Eles estão presos desde novembro de 2002.

A Vara das Execuções Criminais e Anexo da Corregedoria dos Presídios de Taubaté atendeu a pedido para progressão de regime (do fechado para o semiaberto), formulado pela defesa de Cristian e Daniel. O Ministério Público apresentou parecer favorável à progressão.

Em sua decisão, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani afirmou que Cristian e Daniel vêm mantendo bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor da unidade prisional em que se encontram e preenchem o tempo de cumprimento das penas suficiente para a concessão do benefício.

Segundo informações da SAP (Secretaria de Adminstração Penitenciária), a partir de agora os dois poderão mudar para a ala de semiaberto dentro do Presídio de Tremembé, onde estão atualmente, ou mesmo mudar de cadeia, para uma específica para esse tipo de regime. Com relação à saída dos dois durante o dia, isso não é automático. Primeiro eles terão de conseguir um trabalho ou algum tipo de estudo fora do presídio. Só então poderão solicitar à Justiça a saída durante o dia para estudar ou trabalhar.


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Suzane von Richthofen


Em junho de 2011, o STF (Superior Tribunal de Justiça) negou habeas corpus a Suzane von Richthofen para progressão ao regime semiaberto. Ela cumpre pena de 39 anos de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado de seus pais: por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. A defesa dela conseguiu que a pena fosse reduzida a 38 anos.

A progressão para o regime semiaberto pedida por Suzane foi negada pelo juízo de primeira instância. O recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo também foi negado, sob o argumento de que o exame criminológico mostrou imaturidade, egocentrismo, impulsividade, agressividade e a ausência de remorso por parte de Suzane.

Os advogados dela afirmam que o bom comportamento, a espontânea apresentação à Justiça, o exercício de atividades laborativas e o parecer favorável à progressão são elementos que seriam suficientes para obter a liberdade parcial. O ministro do STJ, porém, destacou que a liminar em habeas corpus exige a demonstração de sua necessidade e urgência, o que não aconteceu.

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O crime

Manfred e Marísia dormiam quando Suzane, o namorado dela, Daniel, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, entraram na garagem no carro da jovem. A polícia conta que Suzane foi até o quarto dos pais para conferir se eles estavam dormindo.

Autorizados por ela, Daniel e Cristian entraram em ação. Daniel se aproximou de Manfred. Cristian, de Marísia. Foram inúmeros os golpes na cabeça com barras de ferro. Os irmãos ainda usaram toalhas molhadas e sacos plásticos para sufocar o casal.

Durante o assassinato, Suzane esperou no andar de baixo da casa. A jovem revirou o escritório para simular um assalto. Antes de ir embora, o trio embolsou 5.000 dólares e R$ 8.000 guardados por Manfred.

Depois da morte dos pais, Suzane foi com Daniel para um motel. Às três da madrugada, a jovem deixou Daniel em casa e foi em busca do irmão Andreas numa LAN house. Ela e o irmão caçula voltaram à mansão. Ao se depararem com os pais mortos, Suzane acionou a polícia.

Na madrugada do dia 22 de julho de 2006, o Tribunal do Júri condenou Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos à prisão pelo assassinato do casal. Suzane, Daniel e Cristian foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. 

Assista ao vídeo:

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