Júri de pagodeiro acusado de matar ex-mulher é adiado
Decisão foi tomada após a defesa ter incluído novas provas no processo
São Paulo|Vanessa Beltrão, do R7
O julgamento do pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho, acusado de matar a ex-mulher e tentar assassinar o filho em novembro de 2008, previsto para começar nesta quarta-feira (8), foi adiado. A decisão foi tomada pelo juiz Paulo Eduardo de Almeida Chaves Marsiglia após a defesa ter incluído novas provas no processo.
O novo júri foi marcado para as 10h do dia 11 de setembro deste ano.
Ao chegar ao Fórum Criminal da Barra Funda, por volta das 13h desta quarta-feira, o promotor de Justiça Rodrigo Merli afirmou que pareceres psiquiátricos que atestariam o perfil suicida da vítima, dois telefones celulares que pertenciam ao acusado na época do crime e 15 DVDs só chegaram às suas mãos na última segunda-feira (6) — 48 horas antes do julgamento.
A promotoria chegou a pedir ao juiz que anulasse as provas. O magistrado, no entanto, as manteve e a acusação propôs que o julgamento fosse iniciado sem as mesmas. Diante disso, a defesa do pagodeiro alegou que haveria um cerceamento de defesa do réu e o juiz decidiu, por fim, adiar o júri em quatro meses.
Leias mais notícias de São Paulo
O representante do Ministério Público falou que não teve como analisá-las. Para Merli, muitas dessas provas precisam de perícia técnica.
— É evidente má-fé por parte da defesa. Por que eles só apresentaram isso agora? Eles estão apresentando objetos que precisam de perícia técnica. Eles sabem que eu não vou aceitar.
Já a defesa afirma que as novas provas foram juntadas ao processo no último dia 2, dentro do prazo permitido pela Justiça de até três dias úteis antes do julgamento. O advogado do réu, Ademar Gomes, ressaltou que toda prova para a defesa “é fundamental”.
— Juntamos as provas no dia 2. Por que ele não leu?