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Justiça decreta prisão de empresário por atropelamento

Se condenado, ele pode pegar mais de 20 anos de cadeia

São Paulo|

Motorista avançou contra manifestantes durante protesto
Motorista avançou contra manifestantes durante protesto Motorista avançou contra manifestantes durante protesto (LUIS CLEBER/ESTADÃO CONTEÚDO)

A Justiça de Ribeirão Preto, no interior paulista, decretou nesta sexta-feira (21), a prisão do empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, de 37 anos, suspeito de atropelar 12 pessoas durante manifestação contra a tarifa de ônibus na noite passada. Ele está foragido e teria deixado a cidade de ônibus, sendo seu carro localizado no condomínio de luxo onde reside.

A Range Rover preta tinha marcas de sangue, foi periciada e mandada para Araraquara (SP). O empresário foi indiciado por um homicídio e quatro tentativas de homicídio doloso - quando há a intenção de matar. Se condenado, pode pegar mais de 20 anos de cadeia. A expectativa era de que se apresentasse à polícia nesta sexta, o que acabou não ocorrendo.

Azevedo atua no ramo de revenda de veículos e também teria uma academia de artes marciais onde seria professor. Lutador de jiu-jitsu, suas páginas nas redes sociais foram removidas horas após o atropelamento. Na Justiça, Azevedo já responde a processos criminais, alguns deles relacionados à violência. Em vídeos feitos pelos manifestantes, ele discute e acelera o carro duas vezes para passar pelo bloqueio na avenida João Fiúza, em vez de retornar. Na terceira vez, ele acelera e atropela quem está pela frente.

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O estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, morreu no local com fraturas e traumatismo craniano. Duas mulheres seguem internadas e uma em estado mais grave teve de ser submetida a cirurgias. No cruzamento onde as pessoas foram atropeladas, flores foram colocadas, além de cartazes, velas, mensagens e uma bandeira do Brasil. No local 13 pessoas foram atingidas, mas a maioria sofreu ferimentos leves.

Delefrate foi velado em uma igreja de Ribeirão Preto e sepultado à tarde. Sua família doou suas córneas para o Banco de Órgãos do Hospital das Clínicas. Seu enterro foi marcado por muita revolta e indignação. Mais de 200 pessoas estiveram presentes, muitas delas vestindo camisas com a palavra "luto". A despedida foi marcada por aplausos e o hino nacional.

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