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Justiça deve definir em janeiro valor das indenizações a mortos em obra do Itaquerão

Cálculo leva valores para a casa dos milhões, mas famílias devem levar menos com acordo

São Paulo|Do R7

Acidente com guindaste completa um mês nesta sexta-feira, mas não se sabe quando e quanto as famílias receberão
Acidente com guindaste completa um mês nesta sexta-feira, mas não se sabe quando e quanto as famílias receberão Acidente com guindaste completa um mês nesta sexta-feira, mas não se sabe quando e quanto as famílias receberão

O fim do recesso das festas de fim de ano, previsto para acontecer no dia 6 de janeiro, recolocará em andamento os processos envolvendo indenizações aos familiares dos operários Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo Oliveira, de 44, mortos no tombamento de um guindaste nas obras da Arena Corinthians, no bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo, no último dia 27 de novembro. Os valores envolvidos ainda serão definidos.

Segundo especialistas na área trabalhista, indenizações deste porte são calculadas em alguns critérios, como o valor que a vítima receberia se trabalhasse até os 65 anos, levando em conta o seu salário e a sua idade, e o eventual dano moral, este calculado e definido pelo juiz que analisar os dois casos posteriormente. Há ainda um seguro de vida que deve atender às famílias.

O Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil) repassou ao R7 a informação de que orientou familiares dos trabalhadores a levarem em conta outras tragédias semelhantes nos últimos meses, como o desabamento de um prédio em São Mateus, também na zona leste da capital. Neste caso, pedidos de indenização alcançaram a ordem dos R$ 500 mil, mas acabaram em acordos pouco tempo depois, rendendo R$ 165 mil para cada uma das dez famílias dos mortos.

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Ao R7, o presidente do Sintracon, Antonio de Sousa Ramalho, explicou que casos trabalhistas discutidos na Justiça podem demorar até décadas para serem definidos em última instância, o que leva a acordos mais rápidos, diante da necessidade de recursos financeiros para as famílias das vítimas. Luiz Antônio de Medeiros, superintendente regional do MT (Ministério do Trabalho), disse que o assunto está sendo acompanhado e a meta será obter o valor máximo para as famílias.

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A construtora Odebrecht preferiu não comentar o assunto. Nos bastidores, especula-se que a construtora possui um seguro no valor de R$ 3 milhões que fará a cobertura das indenizações, tão logo sejam fixados os valores, conforme consta em contrato desde o início das obras do Itaquerão. A princípio, o ônus das indenizações não deve respingar no Corinthians, clube do qual a construtora é parceira.

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A data da primeira audiência para negociação das indenizações deve acontecer ainda em janeiro.

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