Mãe de Bianca Consoli chora ao receber notícia de que acusado pela morte da filha vai a júri popular
Marta Consoli diz que está confiante na condenação do motoboy
São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7
Foi sob lágrimas que Marta Consoli, mãe de Bianca Consoli, recebeu nesta segunda-feira (28) a confirmação de que seu ex-genro, o motoboy Sandro Dota, será levado a júri popular. Ele é acusado de assassinar a estudante, de quem era cunhado, no dia 13 de setembro de 2011.
Em entrevista ao R7, Marta explicou que a notícia provocou nela sentimentos contraditórios.
— Fiquei feliz porque ele (Dota) vai pagar por aquilo que cometeu e chorei porque lembrei do que ele fez para a minha filha. São sentimentos muito cruzados, misturados. Estou feliz, mas ao mesmo tempo, estou triste, pelo mal que ele fez.
A mãe de Bianca contou que uma segunda notícia também foi comemorada. De acordo com ela, Daiana, sua outra filha, conseguiu se divorciar de Sandro Dota.
— Ele foi pronunciado (para ser julgado por júri popular), saiu o divórcio da Daiana. É uma benção.
Confiante na condenação do acusado, ela disse que agora sua luta é para que a data do julgamento seja marcada. Só assim, afirma, sua “vitória será completa”.
— Ele vai pegar o máximo possível (pena). Tenho certeza de que justiça vai ser feita. Não vai acabar em pizza. A Justiça pode ser lenta, mas ela não vai falhar.
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O crime
O corpo de Bianca Consoli foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir à academia.
Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada por ela, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram encontradas mechas de cabelo pelos degraus.As investigações da polícia apontaram Sandro Dota, cunhado da vítima, como o principal suspeito do crime. Ele está preso desde o dia 12 de dezembro de 2011.
O motoboy nega as acusações e alega inocência. Em julho do ano passado, ele foi transferido para o Complexo Penitenciário de Tremembé, a 147 km de São Paulo. Dota alegou ter sofrido ameaças de morte no Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, onde estava. Por este motivo, a Justiça teria determinado sua remoção.
Ele responde por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima) e por estupro. Este último crime foi incluído no processo em agosto passado.