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Máfia do ISS: após ser flagrado recebendo propina, delator é preso em SP

Luís Alexandre Cardoso de Magalhães é um dos denunciados no esquema milionário

São Paulo|Da Agência Record, com Estadão Conteúdo

Luís Alexandre Cardoso de Magalhães (centro) foi detido em SP
Luís Alexandre Cardoso de Magalhães (centro) foi detido em SP Luís Alexandre Cardoso de Magalhães (centro) foi detido em SP

O ex-auditor fiscal da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo, Luís Alexandre Cardoso de Magalhães, um dos denunciados no esquema da máfia do ISS, foi preso em flagrante, na noite desta quarta-feira (17), em uma operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, com apoio da prefeitura. Ele foi flagrado recebendo propina de outros fiscais investigados no escândalo. Em troca de R$ 70 mil, eles não seriam citados nos depoimentos de delação premiada.

Luís Alexandre Cardoso de Magalhães, demitido da Secretaria em junho do ano passado, já era investigado pela polícia por utilizar a proximidade que tinha com o Ministério Público Estadual para extorquir dinheiro de auditores. Ele havia sido preso com outras três pessoas quando a Máfia do ISS foi descoberta, em 2013. Na época, o auditor confessou o esquema e se dispôs a entregar os colegas para reduzir a pena.

Segundo o promotor Roberto Bodini, a posição de Luís Alexandre como colaborador das investigações será reavaliada, porém, apesar do flagrante, as delações já feitas pelo ex-auditor continuam a serem consideradas.

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De acordo com a CGM, há mais inquéritos administrativos em andamento, com o intuito de averiguar a conduta de outros auditores fiscais que também estariam envolvidos na máfia do ISS.

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Delações

Desde o começo do ano, o Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos), do MPE, tem feito novas rodadas de delações premiadas envolvendo servidores de Finanças da Prefeitura. Uma força-tarefa, que inclui a Secretaria de Finanças e a CGM, está rastreando a distribuição de dinheiro obtido por esquemas de desvios no ISS e no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) entre servidores e políticos.

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Magalhães se mostrou disposto a colaborar com os promotores. Mas, desta vez, com bens congelados e ainda mantendo um padrão de vida milionário — com passeios de barco e em carros importados — o ex-fiscal viu, sendo o MPE, uma chance de levantar mais dinheiro achacando servidores da prefeitura.

Réu confesso, o fiscal teve 26 imóveis congelados pela Justiça quando a Máfia do ISS foi descoberta, em 2013. A operação que desmontou a máfia havia prendido quatro pessoas — além de Magalhães, os fiscais Eduardo Horle Barcellos, Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral e o chefe de arrecadação da gestão Gilberto Kassab (PSD), Ronilson Bezerra Rodrigues.

Em menos de 24 horas depois das prisões, Magalhães já havia confessado o esquema e se voluntariado para entregar os colegas em troca de reduções de penas. No fim de 2014, com quatro denúncias formais já aceitas e sendo analisadas pela Justiça paulista, ele postou fotos em uma rede social em que aparecia fumando charuto e pilotando uma lancha. 

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