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Mais de 12 horas após acidente com ônibus na Régis, familiares continuam sem informações

Na rodoviária do Rio, parentes reclamam da falta de notícias sobre as vítimas

São Paulo|Andre Paino, do R7 Rio, com Estadão Conteúdo

Na rodoviária Novo Rio, a jornalista Joice Bittencourt (à direita) e a mãe, após receberem a notícia de que o irmão está entre os mortos
Na rodoviária Novo Rio, a jornalista Joice Bittencourt (à direita) e a mãe, após receberem a notícia de que o irmão está entre os mortos Na rodoviária Novo Rio, a jornalista Joice Bittencourt (à direita) e a mãe, após receberem a notícia de que o irmão está entre os mortos

Por volta das 16h30 deste domingo (22), os familiares das vítimas do ônibus da empresa Nossa Senhora da Penha, que se acidentou na rodovia Régis Bittencourt, na Grande São Paulo, ainda aguardavam na rodoviária do Rio ansiosos por notícias dos parentes. Sem informações, muitos não sabiam dizer se os familiares estão vivos, mortos ou internados em algum hospital. O coletivo saiu de Curitiba (PR), na noite de ontem e seguia para a capital fluminense quando saiu da estrada e caiu em uma ribanceira. Quatorze pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Danilo dos Anjos não vê a mãe, Justa dos Santos, de 54 anos, há um ano. Ele reclamou da falta de informações por parte da Nossa Senhora da Penha.

— Estou sem saber o que fazer. Estou sem assistência, sem nada. Não sei se minha mãe está internada. Eles [a empresa] apenas dizem pra gente aguardar. Minha mãe vinha pra cá passar o Natal comigo. Há um ano que não a vejo. Mas não perdi as esperanças, agora é ter muita fé.

Quando conversou com o R7, a jornalista Joice Bittencourt aguardava a chegada do irmão, Érico Bittencourt, e do sobrinho. Ela também criticou a falta de assistência da empresa.

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— Tivemos notícias apenas do meu sobrinho, que foi internado no Hospital Geral de Itapecerica da Serra. A mãe dele está a caminho para buscá-lo. Mas não sabemos nada do meu irmão. É falta de humanidade o que as pessoas da viação estão fazendo com a gente. Eles não são profissionais. Não nos deram absolutamente nada, nem um copo de água, estamos sentados no chão.

Pouco tempo depois, ela e a mãe, Iara Soares, receberam a notícia de que o irmão está entre os mortos. Ele passaria as festas de fim de ano no Rio, com a família.

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O ônibus já havia viajado seis horas quando, na altura do km 300, em São Lourenço da Serra, saiu da pista e capotou em uma ribanceira. No momento do acidente, 13 pessoas morreram e outra foi levada ao hospital, mas não resistiu. Mais de 30 passageiros ficaram feridos, sendo que ao menos 21 permaneciam internados até esta tarde.

A Polícia Civil ouviu o motorista do ônibus, que teve apenas escoriações. Ele passou por exames do bafômetro e de sangue. O primeiro deu negativo para o uso de álcool. O delegado Renato Gonçalves não revelou detalhes do que o condutor falou. A Polícia Técnico-Científica fará um laudo indicando as possíveis causas do acidente. 

A empresa Nossa Senhora da Penha lamentou o acidente e informou que prestará toda assistência necessária aos familiares. 

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