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Manifestantes chamam apoiadores do impeachment de Dilma de golpistas 

Participantes reforçaram apoio à democracia, à Petrobras e a uma reforma política 

São Paulo|Mariana Queen Nwabasili, do R7

Milhares de pessoas se reuniram em ato pró-Dilma
Milhares de pessoas se reuniram em ato pró-Dilma Milhares de pessoas se reuniram em ato pró-Dilma

"Olê, Olê, Olê, Olá, Dilma, Dilma". As palavras de ordem entoadas pelos participantes da manifestação convocada pela CUT (Central Unica do Trabalhadores) nesta sexta-feira (13) em São Paulo evidenciaram o caráter pró-Dilma do ato. Além de terem reforçado apoio à democracia, à Petrobras, a uma reforma política e aos direitos dos trabalhadores, os manifestantes afirmaram que os apoiadores do impeachment da presidente são golpistas.

Sérgio Nobre, secretario-geral da CUT, diz que o ato desta sexta foi uma resposta àqueles que "querem mandar no Brasil sem passar pela eleição".

— A presidenta Dilma ganhou as eleições e a classe trabalhadora vai dar sustentação para o governo dela. Não tem cabimento isso (o impeachment), não há elemento para esse tipo de debate. Nem sabemos bem quem foi que chamou esse ato (de domingo) nas rede sociais (...) A classe trabalhadora não aceita a volta ao passado. Golpe nos já tivemos no passado e não queremos mais.

O professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), José Ricardo Figueiredo, 61 anos, diz que participou da manifestação para "reforçar o voto do povo".

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— Esse movimento que quer o impeachment é golpista, porque não existe proposta para tirar a Dilma do poder; é uma insatisfação de quem perdeu as eleições e não se conforma. A denúncia em cima dela não se sustenta.

Os manifestantes criticaram a vinculação de Dilma à corrupção da Petrobras, mas mostraram apoio às investigações sobre o caso. "Viemos defender a Petrobras e todas as investigações das denúncias", disse Vic Barros, 27 anos, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes).

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— Mas não concordamos que essa investigação seja instrumentalizada por setores conservadores, que querem privatizar a Petrobras e usá-la para desestabilizar a democracia brasileira.

Protesto na Paulista reúne milhares de pessoas

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Para José Amaro Izidoro, 56 anos, o ato a ser realizado neste domingo (15) que pede o impeachment é um "exemplo de ameaça à democracia por parte da elite".

— Essa roubalheira que está acontecendo na Petrobras, eles estão colocando a culpa na Dilma, mas não é culpa dela. Isso já vem de faz tempo.

Já para o rapper Rappin Hood, que participou da manifestação em cima de um dos dois carros com alto-falantes que acompanharam os participantes, o ato de domingo será "de direita".

— Eu sou pela verdade. Desde a eleição do Collor eu sou votante. Antes, o Brasil viveu uma ditadura nas mãos dessas mesmas pessoas que querem tomar o poder hoje. Não concordo com isso e por isso estou aqui. 

Mais ordem 

As ideias dos manifestantes entrevistados pelo R7 pareciam ressoar as demais palavras de ordem escutadas pela reportagem.

Quando a chuva apertou no final da manifestação, já na chegada a praça da República, na região central da capital, o coro pró-Dilma mudou para "Pode chover, pode gritar, porque a Dilma vai ficar".

Antes, durante a caminhada pela avenida Paulista e pela rua da Consolação, os manifestantes entoaram outros gritos de ordem, como "Nesse país eu boto fé, porque ele é governado por mulheres"; "A Petrobras é da nação, constituinte para acabar a corrpação"; "Fascistas golpistas não passarão" e a clássica "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".

O R7 contou a presença de ao menos 11 entidades políticas e ligadas aos movimentos sociais no ato, além da CUT: MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), ANPG(Associações Nacional de Pós-Graduandos), UNE, APES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas), UEE (União Estadual dos Estudantes de São Paulo), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) UJS(União da Juventude Socialista) e FLM (Frente de Luta por Moradia).

A Polícia Militar estimou que 12 mil pessoas participaram do ato. Já os movimentos sociais falaram em 100 mil pessoas.

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