Manifestantes encerram protestos em três rodovias, mas trânsito ainda é lento
Anchieta, Dutra e Régis estão liberadas. Avenida do Terminal João Dias foi desocupada
São Paulo|Do R7
Os protestos contra a PEC do Teto, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, terminaram em três rodovias que cortam São Paulo, mas o trânsito ainda é lento ao menos na Anchieta, interligação entre São Paulo e o litoral, e na Dutra, que liga a capital ao Rio de Janeiro.
Na Anchieta, sentido São Paulo, o é tráfego lento do km 27 ao km 23, por causa da manifestação. A pista norte, que estava bloqueada no km 23 devido ao ato, já foi liberada para o tráfego de veículos. Também há lentidão na chegada a São Paulo do km 13 ao km 10, devido ao excesso de veículos.
A Dutra foi liberada a cerca de uma hora — o protesto estava localizado no km 208, sentido capital, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Porém, o motorista ainda enfrenta lentidão do km 204 ao 210, na região de Guarulhos, sentido São Paulo.
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A rodovia Régis Bittencourt também foi liberada — apenas o acostamento, na altura do km 271, estava interditado pela manifestação no sentido São Paulo, em Taboão da Serra. Por volta das 7h10, os manifestantes deixaram o local e já não há trânsito na região.
Na capital paulista, a avenida João Dias, em frente ao Terminal João Dias, na zona sul, também foi totalmente liberada. O trânsito no local é normal.
Protesto continua
Uma manifestação de moradores e sem-teto bloqueou totalmente a rodovia Anhanguera (SP-330) na manhã desta sexta-feira, em Sumaré, interior de São Paulo. Os manifestantes fizeram barreiras com pneus e atearam fogo, interditando os dois sentidos da rodovia, no trecho em que a rodovia corta o distrito de Nova Veneza.
De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, os manifestantes são moradores da Vila Soma, bairro situado às margens da rodovia. Um dos acessos a Sumaré também ficou bloqueado. Ainda segundo a polícia, a manifestação é contra as medidas de controle fiscal do governo Temer. Às 8 horas, os policiais e a Guarda Municipal de Sumaré negociavam a liberação da rodovia.
A rodovia está com tráfego congestionado em ambos os sentidos, entre os km 112 e 114 (sentido interior), e km 116 ao km 114 (sentido capital), na região de Sumaré, no interior, devido à manifestação.
Interior de SP
Cerca de 300 mil usuários do transporte coletivo urbano e interurbano ficaram sem ônibus desde a madrugada desta sexta-feira, em Sorocaba e 40 cidades da região. A greve foi decretada pelos sindicatos dos trabalhadores em protesto contra medidas de ajuste fiscal do governo federal. Foram mantidos 30% da frota circulando, insuficientes para atender os usuários.
Em Sorocaba, Votorantim e Itapetininga, onde o transporte urbano também parou, milhares de pessoas seguiram a pé para o trabalho. Nas rodoviárias, usuários foram apanhados de surpresa no meio de viagens programadas para o feriado prolongado da Proclamação da República, dia 15.
O Sindicato dos Condutores de Sorocaba divulgou nota informando que a categoria participava do Dia Nacional de Greve contra o que chamou de "pacote de maldades" do governo Temer. Também anunciou que a paralisação será suspensa ao meio-dia.
A Urbes, empresa municipal de transporte de Sorocaba, informou ter montado um esquema especial para garantir um mínimo de mobilidade aos usuários.
Protestos no País
Entidades sindicais e movimentos populares também realizam protestos em outros estados do País, contra ataques a direitos trabalhistas e sociais. O lema é "Nenhum direito a menos!".
O secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, disse que as "entidades de base farão atos pela manhã, junto às suas categorias - podem ser concentrações ou paralisações.
Às 14 horas, a Apeoesp (Associação de Professores do Estado de São Paulo) faz assembleia na Praça da República, na capital paulista, e movimentos sociais se encontram no vão livre do Masp na avenida Paulista, às 15 horas. O evento principal acontece às 16 horas na Praça da Sé, reunindo as entidades sindicais e movimentos.