Manifestantes se fantasiam para protestar na avenida Paulista
Vestidos de personagens irreverentes, eles protestam contra a Copa, Dilma e Feliciano
São Paulo|Vanessa Beltrão, do R7
A manifestação que ocupava a avenida Paulista no Dia Nacional de Lutas reúne até mesmo personagens irreverentes. Para protestar contra a Copa do Mundo no Brasil, o ator Francisco Monteiro, 50 anos, se vestiu do super-herói famoso dos games Mario Bros.
— Eu estou lutando pelo fim da Copa. Sou contra. O Brasil precisa de mais escolas.
Outro manifestante escolheu a fantasia de alma penada e afirma que se sente “como um morto-vivo”.
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A indignação de Amaury Guedes, de 78 anos, estava expressa em seu cartaz, que dizia “fator previdenciário é um roubo”.
Outro destaque da manifestação são os bonecos da Dilma e do Feliciano. Eles viraram atração no meio da multidão. Muitas pessoas — até quem não participava do protesto — que passavam na avenida Paulista paravam para tirar fotos com eles.
Cerca de 2.500 pessoas ocupavam todas as faixas da avenida Pauslista por volta das 12h desta quinta-feira.
Os manifestantes carregavam bandeiras e placas da CUT, UGT, Força Sindical, sindicato dos bancários e dos publicitários. Também havia representantes do Psol e muitas bandeiras do Brasil. Algumas faixas traziam a mensagem “as tarifas caíram, mas a luta continua”.
Por volta das 12h, cerca de 1.000 pessoas seguiam do Vale Anhangabaú em direção à avenida Paulista. Outro grupo, com aproximadamente 200 manifestantes, caminhava da avenida Nove de Julho em direção ao local. As principais centrais sindicais dos trabalhadores organizam diversas manifestações em São Paulo e no País nesta quinta-feira (11).
O movimento é encabeçado pela Força Sindical e pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), associadas a outras centrais com as quais compartilham categorias de trabalhadores. Os sindicatos trabalham com ao menos oito reivindicações: redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução de salários, reforma agrária, valorização das aposentadorias, suspensão dos leilões do petróleo, fim do fator previdenciário, e melhorias na saúde, transporte e educação.
Trânsito
Apesar das manifestações, a capital paulista registrou trânsito abaixo da média durante toda a manhã. Às 13h, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrava 2 km de lentidão na cidade.