Médico diz que assinatura em laudo de ultrassom de grávida de Mauá não é legítima

Em 26 de dezembro de 2012, a ajudante de cozinha Layane Cardozo deu entrada na Santa Casa de Mauá. Ela estava grávida de nove meses. Após a cesariana, os médicos disseram que ela não tinha bebê no útero e falaram que se tratava de uma gravidez psicológica. O parto foi realizado com bases em exames apresentados pela jovem que comprovariam a gravidez.

No entanto, a Secretaria de Saúde de Mauá informou que o médico que teria assinado laudos de ultrassom mostrando detalhes sobre a saúde do bebê disse que não reconheceu sua assinatura do documento. A secretaria abriu uma sindicância para apurar se houve erro médico no atendimento a Layane.

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Suposta gravidez psicológica vira caso de polícia em Mauá

Além disso, o médico que acompanhou a maioria das consultas de pré-natal da jovem declarou, em depoimento à polícia, que em uma das consultas percebeu que o bebê não apresentava batimentos cardíacos. O médico teria alertado os pais, mas não deu certeza do diagnóstico porque o equipamento da unidade havia apresentado defeito em outros exames. Segundo o médico, depois disso, Layane teria apresentado uma ultrassonagorafia que mostrava que o bebê estaria vivo e bem. 

Para a direção da Santa Casa de Mauá onde Layane se internou para dar à luz, a jovem não estava grávida, conforme explica Odair Branco, diretor clínico do hospital.

— Para a Santa Casa não nos resta dúvida nenhuma. A gente tem até os exames comprobatórios disso tudo, que ela realmente não tem nenhum tipo, não teve nesse período, nenhum tipo de gravidez.

No entanto, uma testemunha ouvida pela polícia, garante que ouviu os batimentos cardíacos do bebê.

A advogada de Layane reuniu documentos e exames e ela acompanha a investigação feita pela polícia. Ela quer saber por que os médicos não conseguiram identificar a suposta gravidez.

— Obviamente não excluímos a gravidez psicológica, mas quando eles nos trouxeram todos os exames da Layane, todo o pré-natal dela, existia indícios bastante fortes de que realmente havia uma gravidez. 

Assista ao vídeo:

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