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'Mesmo aposentada, lecionava por amor aos alunos', diz o sobrinho da professora morta em ataque

Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, trabalhava na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da capital, desde o início do ano

São Paulo|Letícia Dauer, do R7

Elisabeth Tenreiro
Elisabeth Tenreiro Elisabeth Tenreiro

Mãe, avó, química, professora, carinhosa, amorosa e solícita. Estas são algumas das palavras escolhidas pela família para descrever Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que morreu após ter sido atacada por um aluno de 13 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da capital, nesta segunda-feira (27).

Elisabeth era funcionária aposentada do Instituto Adolfo Lutz, no qual atuou na área de planejamento e desenvolvimento de atividades ao longo de 40 anos. A partir de 2013, ela passou a se dedicar ao ensino de crianças e, desde o início deste ano, dava aulas de ciências na unidade em que ocorreu o ataque.

Ao R7, o sobrinho da vítima, Gustavo Barros, conta que a tia Beth, como ela era conhecida pela família e alunos, gostava muito de ajudar as pessoas e era extremamente carinhosa. “O objetivo de vida dela era fazer pelo menos uma criança vencer por meio da educação", afirma.

Apesar de já ser aposentada, a química decidiu seguir o caminho do magistério em dedicação aos estudantes, de acordo com o sobrinho. "Ela sempre foi um amor e vai fazer muita falta", lamenta.

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Casamento de Gustavo
Casamento de Gustavo Casamento de Gustavo

Gustavo também relembra com carinho as viagens que fez na infância e na adolescência, entre os anos 1990 e 2000, com a tia Beth e os primos para Itanhaém, no litoral de São Paulo. A professora deixa três filhos — Fernanda, Marco e Liciana — e quatro netos.

Para Gustavo, outro momento marcante de seu relacionamento com a tia foi no dia do seu casamento, há quatro anos. Como ele havia perdido a mãe havia pouco tempo, estava muito emocionado durante a cerimônia, por isso Elisabeth foi essencial para acalmá-lo e consolá-lo.

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Investigação

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou na tarde desta segunda-feira que o adolescente que cometeu o ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, que matou Elisabeth e feriu outras quatro pessoas, falou sobre o crime no Twitter.

O perfil do estudante, porém, era restrito, segundo o secretário. A polícia conseguiu descobrir as informações pelo celular do próprio autor do ataque. Agora, os investigadores vão identificar quem foram as pessoas que interagiram com o adolescente.

"Mas, que outros colegas dele ali dessa rede social tinham ciência, até pelo número de curtidas de cada comentário dele ali, a gente vai investigar. [...] Todo mundo que clicou e curtiu algum comentário ou fez algum comentário em cima de uma postagem dele vai ser objeto de apuração por parte da Polícia Civil. Sendo alguém com menos de 18 anos de idade, os responsáveis vão ser chamados", afirmou Derrite em entrevista coletiva.

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