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MP investiga policiais e guardas-civis por liberarem membro do PCC

Caso aconteceu em Cotia; guardas teriam recebido R$ 6.000 cada um

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7

2º DP de Cotia, onde teria acontecido a negociação
2º DP de Cotia, onde teria acontecido a negociação 2º DP de Cotia, onde teria acontecido a negociação

O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) investiga um possível envolvimento de três guardas-civis municipais de Cotia, além do delegado e escrivão do 2º Distrito Policial da cidade, no recebimento ilegal de dinheiro para liberarem um membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) envolvido em tráfico de droga durante um baile funk na região.

Segundo a promotoria, os GCMs José Aparecido Tenório da Silva e Marco Antonio Horgos, que também são investigados pelo MP-SP por revender drogas apreendidas em Cotia e um terceiro guarda-civil, ainda não identificado, receberam R$ 6.000 cada um para liberarem o suspeito. O Ministério Público não sabe o valor que o delegado e o escrivão teriam recebido.

O caso

O promotor Ricardo Navarro afirma que as investigações deste caso ainda está no início.

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Investigação do MP-SP afirmou que o guarda-civil Horgos foi a uma casa na cidade de Cotia onde acontecia um baile funk, com consumo e comércio de drogas. Acompanhado de outro guarda, apontado como "honesto", tentaram deter cinco homens e cinco mulheres. Dois deles seriam integrantes do PCC.

Ainda de acordo com o Ministério Público, um dos membros da facção criminosa tentou fugir do local e foi capturado quando caiu de uma laje. Neste momento, outros integrantes do PCC ofereceram R$ 30 mil para não serem apresentados na delegacia. Segundo o MP-SP, Horgos ficou com medo de aceitar a propina por causa de seu parceiro.

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O guarda-civil apontado como "honesto" foi encarregado de levar o integrante do PCC que havia caído da laje ao hospital, enquanto Horgos foi à delegacia. A investigação do MP-SP diz que, dentro do 2º Distrito Policial de Cotia, houve nova negociação, desta vez entre os supostos membros do PCC, os três GCMs, o delegado e o escrivão (os dois policiais ainda não foram identificados).

Outro lado

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A Promotoria afirma não saber o valor negociado. No entanto, uma conversa gravada por um outro guarda-civil com Tenório, à qual o R7 teve acesso, aponta que os guardas-civis receberam R$ 6.000 cada. O delegado e o escrivão teriam ficado com a maior parte do dinheiro, mas o valor não foi revelado.

A reportagem procurou a Secretaria de Segurança de Cotia para saber o posicionamento sobre a investigação. Segundo o corregedor-geral, Adilson Roberto Moreira, os questionamentos serão respondidos “posteriormente” por meio de nota.

O R7 também perguntou à SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) sobre o possível envolvimento do delegado e do escrivão da Polícia Civil. Em nota, a pasta disse que o "2º Distrito Policial de Cotia já instaurou inquérito para apurar as denúncias" e que o caso está sendo acompanhado pela Corregedoria da Polícia Civil, em contato com os representantes do Ministério Público.

"Se comprovado o envolvimento de qualquer policial civil, os responsáveis responderão a processo administrativo que pode levar a demissão", disse a nota da SSP.

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