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Mulher de publicitário carregou mala com corpo de zelador pensando que fossem roupas, diz advogado

Ela e o marido estão presos; ele foi detido quando tentava queimar pedaços da vítima

São Paulo|Do R7

Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, de 42 anos, nega participação em morte de zelador
Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, de 42 anos, nega participação em morte de zelador Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, de 42 anos, nega participação em morte de zelador

A defesa da advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, de 42 anos, afirma que ela não participou da morte do zelador Jezi Lopes de Sousa, de 63 anos. Ela e o marido, o publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, de 47 anos, foram presos suspeitos de envolvimento no crime. De acordo com o advogado Roberto Guartelli, Ieda carregou a mala na qual estaria o corpo da vítima sem desconfiar de nada. 

— Ela ajudou a colocar a mala pensando que estava carregando roupas, porque, na semana, ela tinha separado roupas para doação, então, ela não desconfiou de nada. 

O casal fez exames de corpo delito na madrugada desta terça-feira (3) no IML (Instituto Médico Legal) e deve ser transferido ainda pela manhã do 13º DP (Distrito Policial), da Casa Verde. A Polícia Civil também deve fazer perícias no apartamento dos suspeitos, na casa de veraneio para onde o corpo foi levado e no carro de Ieda.

O delegado Ismael Rodrigues, da 4.ª Delegacia Seccional, disse que, ao confessar o crime, Martins admitiu ter brigado com a vítima, mas afirmou que o idoso bateu a cabeça no batente da porta.

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— Nós não acreditamos nessa versão. Ele matou de maneira proposital.

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Após sumiço de zelador, vizinho foi visto saindo de prédio com mala

O zelador estava desaparecido desde as 15h30 de sexta-feira (30), quando foi visto pela última vez entregando correspondência dentro do edifício, na rua Zanzibar, na Casa Verde, zona norte de São Paulo. O corpo, esquartejado e com sinais de queimaduras, foi encontrado na segunda-feira (2) na casa do pai do publicitário na Praia Grande, litoral paulista. Martins foi preso quando tentava queimar as vísceras do zelador. Martins e Ieda tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias. 

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De acordo com o delegado Ismael Rodrigues, o corpo foi achado ao lado da churrasqueira da casa do pai do publicitário.

— Ele [o assassino] usou um serrote para cortar a vítima no domingo.

A polícia apreendeu uma mala, semelhante a que Martins usou para levar o corpo do zelador até Praia Grande, no litoral sul de São Paulo. A suspeita é de que ele tenha comprado um objeto parecido para despistar a polícia. A mala, na qual o corpo foi colocado, foi queimada. 

De acordo com o advogado Robson de Souza, que representa a família do zelador, o motivo do crime foi uma briga por vaga na garagem do condomínio, mas o casal discutia havia muito tempo com Sousa. Nas imagens do sistema de monitoramento do prédio, o zelador foi filmado pela última vez descendo do elevador em um dos andares. A polícia não informou se era o andar onde o acusado morava. Várias buscas foram feitas por parentes e funcionários.

Gritos e discussão

Para o advogado da família, o zelador foi asfixiado e morto na tarde de sexta-feira. A moradora do apartamento 114 relatou que ouviu gritos e discussão. De acordo com a testemunha, alguém "pedia para parar". Ela contou ainda que viu o publicitário, morador do apartamento 111, fechando a porta do imóvel. A testemunha confirmou que o publicitário tinha "problemas de relacionamento" com o zelador.

A polícia obteve as imagens do condomínio e constatou que o acusado saiu do prédio arrastando uma mala escura e "um saco de grande porte", às 17h50 de sexta-feira. Nas imagens, a mala é colocada dentro de um Logan, registrado em nome da mulher do publicitário. A gravação mostraria ainda que Ieda ajudou o marido. Não há informação sobre o horário em que ele retornou com o carro. No mesmo dia, o corpo teria sido levado para a casa do pai do publicitário na Praia Grande.

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Após ser informada da prisão do marido, Ieda apresentou-se na segunda-feira à polícia e, segundo o delegado Egídio Cobo, titular do 13.º Distrito Policial (Casa Verde), demonstrou surpresa. O marido teria dito a ela que viajaria a trabalho para o litoral. O delegado disse que, por enquanto, não há provas de que a advogada tenha participado do assassinato, mas ela é suspeita de ter ajudado o marido a ocultar o corpo. 

Assista ao vídeo:

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