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Número de chacinas aumenta na Grande SP em 2013

Em apenas quatro meses, número de vítimas chegou a quase metade do total do ano passado

São Paulo|Do R7, com São Paulo no Ar

Nos primeiros quatro meses deste ano, o número de chacinas na Grande São Paulo já é quase metade do que houve em 2012. Em abril, 12 pessoas já morreram.

No dia 21 de novembro de 2012, Luciene Neves morreu aos 24 anos. Ela era solteira, ajudava a família com o que ganhava como promotora de eventos. A vítima também trabalhava em projetos de inclusão social no Jardim São Luiz, na zona sul de São Paulo. Ela e outras duas pessoas foram assassinadas em um bar. Uma das vítimas, uma tapeceiro, foi morto com 22 tiros. De acordo com moradores do Jardim São Luiz, as pessoas que foram executadas era trabalhadores e não tinham envolvimento com crime ou drogas.

No mesmo bairro, mais uma execução aconteceu no dia 7 de setembro. Cláudio José Pereira morreu aos 43 anos. Ele era casado e tinha três filhos. Pereira era dono de um bar e foi morto enquanto trabalhava.

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Na Grande São Paulo, muitas famílias têm datas como sinônimos de perdas irreparáveis. É mais uma triste herança das chacinas que assolam o Estado. Numa mesma noite, na madrugada desta quinta-feira (18), 11 pessoas foram baleadas em Osasco e Carapicuíba. Quatro morreram.

No dia 8 de abril, um homem entrou atirando em um bar no Tucuruvi, na zona norte de São Paulo, e matou três pessoas. Quatro dias depois, outra chacina em Itaquera, na zona leste de São Paulo. Homens descem de um carro e atiram. Mais três pessoas morreram.


No ano passado, foram 24 chacinas com 81 mortos. Neste ano, até o dia 18 de abril, já foram dez, com 37 assassinatos. Em apenas quatro meses, o número de vítimas já chegou a 45%, quase metade, do total que aconteceu no ano passado. Só no mês de abril foram quatro chacinas.

Esses crimes ainda estão cercados de muitas dúvidas. Pouco se sabe sobre os executores ou até mesmo os mandantes. As certezas, quando existem, referem-se à forma com que essas chacinas acontecem. Os criminosos custumam agir à noite, geralmente estão de moto ou em carros de cor escura. Na maioria das vezes, as vítimas são encontradas em bares da periferia.


Nas regiões marcadas pelas execuções pouco se fala sobre o assunto. A suspeita é que grupos de extermínio existentes dentro da polícia também estejam envolvidos nessas mortes.

A Secretaria de Segurança Pública afirma que determinou prioridade nas investigações de chacinas. Na região de Osasco e Carapicuíba foi criada uma força-tarefa com 12 delegados, mais os diretores das delegacias de homicídios para reforçar as investigações.

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