Número de presos provisórios em SP recua, mas fica 74% acima da capacidade de lotação

O número de pessoas presas em CDPs (Centros de Detenção Provisória) masculinos no estado de São Paulo recuou 13,4% no primeiro semestre de 2017, de acordo com os dados fornecidos pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) de São Paulo.

Mesmo com a diminuição de pessoas detidas, a população dos CDPs está 74% acima da capacidade prisional do estado de São Paulo, que atualmente é de 31.901 vagas.

De acordo com levantamento do R7, na atualização do dia 2 de janeiro deste ano, os CDPs paulistas tinham 64.172 pessoas. Esse número recuou para 55.536, segundo informações disponibilizadas pela SAP-SP na última segunda-feira (3).

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Além disso, nesse primeiro semestre de 2017, o governo paulista construiu mais duas unidades de detenção provisória: uma em Itatinga e outra em Icém, com capacidade para 847 pessoas em cada. Com as duas, São Paulo conta atualmente com 42 CDPs.

Já a única unidade para mulheres presas provisoriamente no estado, o CDP de Franco da Rocha, registrou um aumento de 26 mulheres, chegando a 1.174 presas. A capacidade da unidade é para 1.008 pessoas.

Penitenciárias

Enquanto o número de detentos provisórios diminuiu no primeiro semestre, os presos em regime fechado nas penitenciárias paulistas aumentou 9,16% no mesmo período. Os dados fornecidos pela SAP-SP e analisados pelo R7 mostram que em janeiro deste ano havia 109.079 pessoas presas e, em 3 de julho, o número chegou a 119.080.

Atualmente o estado de São Paulo conta com 74 penitenciárias masculinas, totalizando 65.767 vagas para presos que cumprem pena em regime fechado.

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Nas penitenciárias femininas o número de presas acima do limite de vagas não é tão alto como o de presos homens. As 10 penitenciárias para mulheres no estado possuem 8.155 presas, sendo que a capacidade é para 8.079. Destas vagas, 730 são da penitenciária de Votorantim, construída no primeiro semestre deste ano.

Outro lado

O R7 entrou em contato com a assessoria de imprensa da SAP-SP para saber a que a pasta atribui a diminuição no número de pessoas em CDPs e o aumento da quantidade de presos em penitenciárias paulistas, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

*Kaique Dalapola, estagiário do R7