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Omitido pelos envolvidos, incidente quase faz aviões brasileiro e porto-riquenho se chocarem no ar 

Aeronaves voaram a menos de 60 metros um da outro nesta segunda-feira (9)

São Paulo|Luiz Fara Monteiro, especial para o R7

Dados técnicos do voo mostram queda repentina de altitude no momento da ocorrência
Dados técnicos do voo mostram queda repentina de altitude no momento da ocorrência

Um avião da Gol que cumpria o voo G3 7625 na rota de Punta Cana à Guarulhos, com escala em Caracas, quase se envolveu numa colisão nesta segunda-feira (9). O incidente teria sido causado por uma aeronave com registro no território americano de Porto Rico, pilotada por uma tripulação dos Estados Unidos.

Fontes ligadas ao Controle Aéreo de Punta Cana indicaram que o avião de prefixo N376AC da empresa Air Cargo Carriers vinha em rota contrária ao Boeing 737-800 da Gol e, teoricamente, descumprindo uma orientação do controle de tráfego local. 

O mínimo de separação vertical de segurança previsto pelas regras aeronáuticas é de mil pés, o equivalente a 300 metros. A mesma fonte informou, no entanto, que os dois aviões se cruzaram a menos de 60 metros um do outro. Apenas os dados do radar do Controle Aéreo de Punta Cana poderão informar a distância exata.

A fonte dominicana garantiu que o incidente já vem sendo investigado, embora o Controle de Punta Cana ainda não tenha confirmado a ocorrência oficialmente. Procurada pelo R7, a Gol afirmou que o voo "transcorreu normalmente".


Entretanto, os dados técnicos de voos disponibilizados no Flight Radar 24 — site especializado em aviação— mostram uma queda repentina de altitude durante a subida da aeronave brasileira quando ela atinge cerca de 8.300 metros , o que é considerado anormal por especialistas.

Segundo a fonte ouvida pela reportagem, "tudo indica que o controlador que monitorava o espaço aéreo tenha orientado o posicionamento de ambas as aeronaves de forma correta". A suspeita é que a determinação não teria sido cumprida pelos americanos. A Air Cargo Carriers não respondeu à reportagem. 


Para evitar colisão

É possível que o TCAS das aeronaves tenham sido acionados, impedindo o choque. O TCAS, sigla em inglês para Traffic Collision Avoidance System, monitora o espaço aéreo em volta dos aviões e detecta a presença de objetos próximos.


Assim que o objeto é detectado, o dispositivo dispara uma gravação com a palavra "traffic" (tráfego), e indica uma rota de fuga para o piloto, como "increase descent" (desça imediatamente) ou "pull up" (suba). 

O terminal de Punta Cana recebe voos regulares da América do Sul, América do Norte e Europa. É o terceiro mais movimentado do Caribe, com cerca de 80 voos domésticos diários, além de 55 internacionais. 

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