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Para dono do Bahamas, prefeitura deve analisar estabelecimento e não "besteira de ruído"

Justiça determinou que decisão que mantém boate fechada seja reavaliada

São Paulo|Ana Ignacio, do R7

Decisão que mantém boate fechada deve ser reavaliada
Decisão que mantém boate fechada deve ser reavaliada Decisão que mantém boate fechada deve ser reavaliada (RENATO S. CERQUEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Em cerca de 24 horas, Oscar Maroni, empresário e proprietário da boate Bahamas, recebeu duas notícias que podem mudar seu cotidiano. Após a Justiça absolvê-lo, na última terça-feira (9), de crimes relacionados a prostituição, decisão publicada nesta quarta-feira (10) determina que o fechamento da boate, localizada na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, seja revisto pela Prefeitura de São Paulo.

Fechado porque estaria localizado na zona de ruído do aeroporto de Congonhas, a Justiça entendeu que o Bahamas está de acordo com as normas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) sobre as "atividades permitidas na área". Para Maroni, isso é uma grande vitória.

— [Essa decisão diz]: Analisem o estabelecimento e não me venham com besteira de ruído. O julgamento criminal de ontem me absolve e afasta o absurdo motivo moral do meu estabelecimento Bahamas estar fechado e eu não ter recebido até agora a licença para o funcionamento.

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Com essas duas novas decisões — ambas sujeitas a recurso—, Maroni acredita estar cada vez mais próximo da reabertura de seu hotel.

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— Não pratico nenhum crime e fui perseguido politicamente. Vou conseguir [reabrir] porque a administração do 'seu Haddad' é voltada para o social e não para a politicagem.

Maroni considera que o fechamento do Bahamas por todos esses anos foi um prejuízo para a cidade de São Paulo.

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— Em termos sociais, o Bahamas é conhecido nacional e internacionalmente. Em termos de prejuízo para da cidade, essa perseguição deu um prejuízo de R$ 6 milhões de impostos. Para o meu bolso, foi de R$ 23 milhões. O Bahamas gerava 61 empregos registrados. É uma área de lazer significativa da cidade.

"Roubaram cinco anos e seis meses da minha vida"

Após ser informado sobre a decisão que o absolve de crimes relacionados à prostituição — o empresário foi condenado em 2011 a 11 anos e oito meses de prisão por favorecimento e manutenção de casa de prostituição — Maroni disse que sentiu "uma alegria e uma euforia".

— Eu agradeço mais uma vez a Justiça brasileira, o lado saudável da Justiça que teve coragem de aplicar a lei. O Bahamas Clube é um hotel e não uma casa de prostituição. Nada é mais saboroso do que a Justiça.

Segundo o empresário, ele foi vítima de perseguição.

— Roubaram cinco anos e seis meses da minha vida. Tudo [os negócios] virou sucata graças a essa perseguição. Virei um homem quebrado e falido. Minha imagem social, minhas empresas estão um caos porque eu era visto como um bandido, um marginal.

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Agora, segundo Gustavo Cosenza, advogado responsável junto com Vagner Consenza pelos processos administrativos contra Maroni, "a subprefeitura da Vila Mariana vai analisar se o Bahamas preenche os requisitos [para conseguir] o alvará de funcionamento condicionado". Caso seja aprovado, a boate pode voltar a funcionar.

Procurada, a subprefeitura da Vila Mariana informou que ainda não foi notificada e que vai se manifestar quando tiver conhecimento da ação.

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