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Peritas prestam depoimento e falam sobre sangue encontrado em calça de Sandro Dota 

Elas afirmaram que DNA bate com o encontrado embaixo da unha de Bianca Consoli

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Bianca Consoli foi morta em 2011
Bianca Consoli foi morta em 2011

A quarta testemunha a prestar depoimento nesta quarta-feira (24), segundo dia do júri do caso Bianca Consoli, foi a perita Ana Cláudia Pacheco. Ela foi responsável pelo exame do sangue encontrado na calça usada por Sandro Dota, acusado de matar a universitária no dia do crime.

A perita afirmou que o exame de DNA acerta em 99,9% dos casos e que a amostra de sangue encontrada na calça do réu batia com a encontrada embaixo da unha de Bianca. Questionada pela defesa se a amostra era de Dota, Ana Cláudia disse que não pode confirmar, pois para isso teria que receber uma amostra de sangue do acusado, o que não ocorreu durante as investigações.

Após Ana Cláudia, o júri ouviu o testemunho de Margarete Mitiko, perita criminal. O depoimento dela aconteceu das 18h03 às 18h28. Questionada sobre a possibilidade de contaminação nas amostras analisadas, ela respondeu que não havia possibilidade.

Ela reforçou o depoimento da outra perita e confirmou que o DNA do sangue encontrado no fragmento da calça de Dota é masculino e bate com o DNA também masculino encontrado embaixo das unhas da mão direita da Bianca. Segundo a perita, três manchas foram encontradas no framgmento da calca de quase 1 cm².


O crime

O corpo da universitária Bianca Consoli, 19 anos, foi achado pela mãe dela caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir à academia.


Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada pela jovem, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram localizadas mechas de cabelo pelos degraus.

Dentro da garganta da jovem, a polícia encontrou uma sacola plástica, usada pelo autor para asfixiar a estudante.


As investigações apontaram o motoboy Sandro Dota, cunhado da vítima, como o suposto autor do crime. Ele está preso desde o dia 12 de dezembro de 2011.

O motoboy nega as acusações e se diz inocente. Em julho do ano passado, ele foi para o Complexo Penitenciário de Tremembé, a 147 km de São Paulo. Dota alegou ter sofrido ameaças de morte no Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, onde estava. Por este motivo, a Justiça teria determinado sua transferência.

Em agosto do ano passado, a acusação de estupro foi incluída no processo contra Sandro Dota. A defesa do réu, entretanto, nega o crime e diz que o laudo do legista é inconclusivo. Para a polícia, o crime teve motivação sexual.

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