Pobres apoiam mais a redução da velocidade do que os ricos em SP
Pesquisa mostra também queda no apoio às ciclovias e anseio por melhorias no Metrô
São Paulo|Do R7
A redução da velocidade nas vias da capital é mais aceita entre pobres do que ricos. Entre a população que ganha até dois salários mínimos, 52% é a favor e 45%, contra. Já o maior índice de rejeição, de 64%, parte do grupo de pessoas que ganham mais de cinco salários mínimos.
Essa é a constatação da 9º Pesquisa sobre Mobilidade Urbana, realizada pela Rede Nossa São Paulo e a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), com 700 moradores da cidade de São Paulo que têm 16 anos ou mais. As entrevistas foram realizadas entre os dias 28 de agosto e 5 de setembro.
Outros temas polêmicos na cidade também são contemplados na pesquisa. A construção e ampliação das ciclovias continuam tendo apoio da população, porém essa "favorabilidade" (termo usado na pesquisa) perdeu força em 2015. No ano passado, 87% dos entrevistados eram a favor da medida, porém, neste ano, esse número caiu para 59%.
No ranking de possíveis soluções para a mobilidade urbana, as ciclovias perderam espaço. Em 2015, 10% das pessoas acreditavam que a medida poderia ajudar a melhorar a locomoção na cidade, colocando o tópico em 10º lugar. Em 2014, as ciclovia tiveram mais apoio e contavam com 20% dos votos, ocupando o 7º lugar da lista.
Número de paulistanos que usam carro diariamente cai de 56% para 45%
Entre as principais demandas da população apontadas na pesquisa, os três primeiros lugares dizem respeito ao anseio por melhoras no transporte público, principalmente no Metrô. A primeira medida importante para a cidade é a construção de mais linhas de metrô e trem ou ampliar as já existentes, com 49% dos votos. Em segundo lugar aparece a melhoria desse tipo de transporte, resultando em 45%. O terceiro lugar ficou para a melhoria na qualidade do transporte por ônibus, com 41%.
Problemas gerais
No ranking de problemas gerais na cidade, o paulistano acredita que a cidade sofre com Saúde (55%), Segurança Pública (37%) e Educação (33%).
O destaque fica para a preocupação com o desemprego que subiu de 10%, em 2014, para 33%, em 2015, passando do 9º lugar para o 4º, neste ano.
Água
Apesar da crise da seca e do abastecimento, a problemática caiu uma colocação no ranking dos problemas que mais preocupam o paulistano na cidade, apesar da preocupação, em percentagem, ter subido. Em 2014, 12% dos moradores da cidade acreditavam que o abastecimento de água era um problema. O número deixou o tópico em 6º lugar. Neste ano, porém, o índice de preocupação subiu para 21%, entretanto a colocação foi para o 7º lugar.
O índice de preocupação com o desemprego fez com que o abastecimento de água caísse na lista de maiores problemas da cidade.
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