Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Polícia aguarda laudo para saber se família de PMs foi dopada antes de ser morta

Amostras foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal; resultados devem sair em até 30 dias

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Na foto, o sargento da Rota, Luis Eduardo Pesseghini aparece no batalhão, com o filho
Na foto, o sargento da Rota, Luis Eduardo Pesseghini aparece no batalhão, com o filho Na foto, o sargento da Rota, Luis Eduardo Pesseghini aparece no batalhão, com o filho

Amostras de sangue colhidas do casal de policiais militares Luis Eduardo e Andréia Pesseghini, da mãe e da tia dela devem indicar se os quatro foram dopados antes de serem mortos, na madrugada de segunda-feira (5), na zona norte de São Paulo. O principal suspeito do crime é o adolescente Marcelo Eduardo Pesseghini, de 13 anos. A polícia diz que ele se suicidou após os assassinatos.

O motivo para a análise é o fato de não haver sinais de reação de nenhuma das vítimas. Para o delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Itagiba Vieira Franco, se os quatro não foram drogados com algum remédio, estavam dormindo quando foram atingidos, exceto a mãe do jovem.

— Isso vai passar por exames. Mas é um exame que demora pelo menos de 20 a 30 dias. Mas é uma desconfiança nossa. Pelo laudo, se você vir a fotografia, não tem dúvida de que eles estão dormindo, o pai a avó e a tia-avó.

Tímido e apegado à família, menino suspeito de matar os pais gostava de armas e jogos violentos

Publicidade

A exceção é a mãe, que foi encontrada ajoelhada, próxima ao colchão onde o marido foi assassinado. Os policiais acreditam que ela possa ter levantado ao ouvir o disparo e ido até a sala, onde Luis Eduardo dormia. Andréia pode ter sido obrigada a se ajoelhar ou estar implorando por algo quando foi baleada. O autor efetuou apenas um disparo em cada uma das vítimas. Os tiros foram na cabeça.

O delegado Itagiba descreveu as cenas que viu ao chegar à casa, que fica na Brasilândia.

Publicidade

— Nós constatamos três corpos na sala. O policial militar deitado, de bruços, com a aparência de quem estava dormindo. A mãe, sim, aparentemente submissa, de joelhos e com o braço cruzado na frente da cabeça. O garoto, mais ao lado, também em lateral, morto. Nos dirigimos para a casa ao lado [no mesmo terreno] e encontramos em um dos quartos a mãe da policial e a irmã dessa mãe, tia da policial. As duas na mesma condição do policial. Ambas aparentemente dormindo. Em uma posição tranquila, vestidas, cobertas. Se não tivesse aquele ferimento, poderia se dizer que elas estavam dormindo.

Desejo de filho de PMs mortos em chacina era assassinar os pais, diz amigo à polícia

Além do exame que pode constatar algum tipo de droga nas vítimas, a polícia pediu o exame residuográfico — que constata pólvora — nas mãos dos cinco familiares. Nenhum deles deu positivo. Apesar de as mãos do garoto não terem pólvora, a polícia diz que isso pode acontecer e que não descarta que ele tenha sido o autor. Segundo o delegado, alguns tipos de pistolas e munições, realmente, não deixam resíduos no atirador. 

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.