Polícia Civil vai à casa de manifestante e alega suposta denúncia de explosivos
Estudante da USP não foi detida, mas terá que prestar esclarecimentos na quinta-feira
São Paulo|Do R7
A Polícia Civil foi, na tarde desta segunda-feira (17), até a casa de uma participante do movimento contra o aumento da passagem de transporte em São Paulo. Os policiais alegam que teriam ido até a casa da estudante da USP (Universidade de São Paulo) Laura Diaz, que fica na região da Santa Cecília, centro de São Paulo, após receber uma denúncia anônima.
As informações foram confirmadas por Marcela Vieira, uma das advogadas que representam o Movimento Passe Livre. Os policiais foram até o local após receberem uma denúncia de que a estudante Laura Diaz fazia reuniões do movimento em sua casa e teria material explosivo na residência.
Marcela explicou, ainda, que os policiais não tinham mandado de busca e apreensão e não entraram na casa e nem levaram a jovem. Eles ficaram no local por volta de 40 minutos. Na quinta-feira (20), a jovem terá que ir até a delegacia prestar esclarecimento.
Quinto protesto
Cerca de 5.000 pessoas já se concentravam no largo da Batata, zona oeste de São Paulo, por volta das 17h10, de acordo com a Polícia Militar. O movimento é organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre). Até o fim desta tarde mais de 230 mil pessoas haviam confirmado presença no protesto.
Esta é a quinta manifestação realizada na cidade em razão do último aumento da passagem. A última aconteceu na quinta-feira (13) e foi marcada por atos de violência e repressão policial.
Muitas pessoas carregavam faixas brancas e havia manifestantes com o corpo enrolado na bandeira do Brasil.
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Falta de acordo
Nesta manhã, representantes da cúpula da segurança no Estado se encontraram com lideranças do MPL (Movimento Passe Livre). Um dos objetivos foi definir o trajeto do ato desta segunda-feira. A expectativa, dos dois lados, é que o protesto, desta vez, seja pacífico.