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Policiais presos por mortes de pichadores já haviam se envolvido em outras mortes

Os dois homens morreram em uma suposta troca de tiros com os PMs na Mooca

São Paulo|Dinalva Fernandes, do R7

Familiares afirmam que os dois pichadores não andavam armados
Familiares afirmam que os dois pichadores não andavam armados Familiares afirmam que os dois pichadores não andavam armados

Os quatro policiais que foram presos pela ocorrência que resultou na morte de dois pichadores, na última quinta-feira (31), já haviam se envolvido em outros casos com mortes. Cada policial tem registro de dois óbitos em inquéritos diferentes, informou o Tenente Coronel Marcelino Fernandes, chefe do Departamento Técnico da Corregedoria da Polícia Militar, durante entrevista coletiva concedida na noite de quarta-feira (6).

Alex Dalla Vecchia Costa, de 32 anos, e Aílton dos Santos, de 33, haviam invadido um prédio na avenida Paes de Barros, na Mooca, zona leste da capital. A versão apresentada pelos policiais é de que os dois eram assaltantes e trocaram tiros com a PM. Já os familiares das vítimas afirmam que os dois só invadiram o local para pichar e que não andavam armados.

Segundo a PM, o tenente Matsuoka, de 28 anos, o sargento Amilcésar, de 45, e os cabos Segalla, de 41, e Figueiredo, de 35, estão cumprindo prisão administrativa de cinco dias na corregedoria. Eles estão há sete, 27, 20 e 13 anos, respectivamente, na Polícia Militar. A prisão temporária de 30 dias dos policiais será pedida e, caso seja aceita pela Justiça, eles serão transferidos para o Presídio Militar Romão Gomes.

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A corregedoria sustenta a versão de que o houve troca de tiros entre os policiais e os pichadores, porém, a conduta dos PMs não foi correta. Segundo a PM, os depoimentos dos envolvidos não justificaram suas atitudes durante a ocorrência.

De acordo com Fernandes, os policiais foram acionados às 18h27 de quinta-feira para verificarem uma ocorrência no prédio. Às 18h30, os policiais chegaram ao local junto com três policiais da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas). Como os policiais do Rocam não subiram no prédio, eles não serão investigados.

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Depois de subirem no edifício, os quatro policiais pediram escudos, mas fizeram a ‘invasão tática’ sem os devidos equipamentos. Os PMs alegaram que não puderam esperar a chegada dos equipamentos e decidiram agir sem os mesmos. Outra irregularidade apontada foi de que os policiais somente avisaram a central sobre o que estava acontecendo às 19h48. Antes disso, outro policial, que não participou da ação, já havia ligado para a central.

Ainda segundo a corregedoria, uma testemunha que está sendo protegida, afirmou que houve dois momentos de disparos de arma de fogo em um intervalo de dez minutos. As armas usadas na ocorrência estão apreendidas na corregedoria. A bala que atingiu de raspão o braço do sargento Amilcésar está alojada e passará por perícia.

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