Prefeito: 65% da população de Osasco está sem ônibus
Dois cobradores foram presos sob suspeita de ameaçarem motoristas e passageiros
São Paulo|Do R7
Pelo menos 65% da população de Osasco está sem ônibus desde quarta-feira (21), após as duas empresas que operam na cidade iniciarem uma paralisação. A estimativa da população prejudicada foi dada pelo prefeito Jorge Lapas na manhã desta quinta-feira (22), durante um evento que acontecia no Hospital Regional de Osasco.
— Nós já havíamos fechado o acordo de reajuste com o sindicato no sábado passado. Ontem, nós fomos pegos de surpresa com essa paralisação que, provavelmente, está sendo feita por uma dissidência do sindicato. É uma ação exatamente igual à realizada na capital.
Segundo prefeito, toda a zona sul da cidade, que é atendida pela empresa Viação Osasco, está sem ônibus. Já na zona norte, onde opera a empresa Urubupungá, cerca de 30% da frota está fora das ruas.
— Esperamos que essa situação seja resolvida na tarde de hoje, durante audiência de conciliação marcada no Tribunal Regional do Trabalho de Osasco.
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O encontro, que contará com representantes da prefeitura, das empresas e dos trabalhadores que aderiram à paralisação estava marcado para as 14h.
Enquanto isso a população sofre com a falta de transporte público. A doméstica Marli Neide Santos, de 58 anos, esperava há uma hora e meia um ônibus para casa após passar por uma sessão de hemodiálise no Hospital Regional de Osasco.
— Para vir ao hospital, já ficamos uma hora e vinte minutos no ponto esperando o ônibus. Só conseguimos chegar porque meu filho nos deu uma carona, mas agora ele está trabalhando e não pode nos buscar.
A doméstica estava acompanhada do marido no ponto de ônibus próximo à unidade de saúde.
Prisões
Dois cobradores de Osasco que participavam da paralisação de ônibus foram presos nesta quinta-feira pela Polícia Militar sob suspeita de ameaça. De acordo com a PM, os dois homens ameaçaram com arma de fogo motoristas e passageiros que tentavam embarcar em um coletivo da cidade.
Eles foram levados para a Delegacia Seccional de Osasco, que será responsável pela investigação, e foram reconhecidos como funcionários pelas pessoas que estavam no local.