O protesto de motoristas e cobradores continua afetando principalmente sete cidades da região metropolitana e cerca de 270 mil passageiros, segundo a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), responsável pelo transporte intermunicipal. As cidades mais atingidas são: Osasco, Barueri, Carapicuíba, Itapecerica da Serra, Embu das Artes, Juquitiba, Diadema e São Bernardo.
Os ônibus da Viação Santa Brígida, que atendem as zonas oeste, norte e noroeste da capital, começaram a sair das garagens por volta das 10h desta quinta-feira (22), segundo a SPTrans (São Paulo Transporte). A operação nas duas garagens da empresa estava paralisada desde a madrugada. No entanto, por volta das 12h30, o Plano Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) continuava acionado e o terminal Pirituba ainda não estava totalmente normalizado.
Este é o terceiro dia de transtornos ao passageiros causados pela paralisações de motoristas e cobradores. Eles estão insatisfeitos com o reajuste salarial aprovado em assembleia da categoria no dia 19 e disseram que concordariam em retornar ao trabalho desde que a prefeitura intermediasse uma reabertura das negociações com os empresários.
Grande São Paulo
As viações Miracatiba, Viação Osasco e Mobi Brasil estão completamente paralisadas, enquanto a Urubupungá trabalha com 80% da capacidade. A Viação Miracatiba atende 46 linhas com cerca de 350 ônibus e transporta 100 mil passageiros por dia, em Itapecerica da Serra, Embu das Artes e Juquitiba. Na Viação Mobi Brasil, são atendidas 17 linhas com 100 ônibus. A empresa transporta diariamente 15 pessoas em Diadema e São Bernardo. Outras regiões do ABC paulista também são prejudicadas, segundo a EMTU.
Outra empresa que está com as atividades totalmente paralisadas é a Viação Osasco que opera em 40 linhas com cerca de 400 ônibus. A empresa transporta 75 mil passageiros por dia nas cidades de Osasco e Carapicuíba. Já a Viação Urubupungá, que está com 20% da frota paralisada, atende 49 linhas com 470 ônibus e transporta 80 mil usuários todos os dias.
Justiça
O prefeito Fernando Haddad disse, nesta quinta-feira, que a paralisação está nas mãos da Justiça. No início da tarde, está marcada uma audiência no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo entre os sindicatos dos patrões e dos trabalhadores para definir a legalidade da paralisação.
O Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo) é contra a atual paralisação, que está sendo realizada por um grupo independente de motoristas e cobradores.