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Prejudicado por pane na CPTM, vendedor de brigadeiro lamenta prejuízo: "Perdi quatro caixas"

Bancário vende doces para complementar a renda e ficou no meio de tumulto de passageiros

São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7

Cruz faz doces para complementar renda
Cruz faz doces para complementar renda Cruz faz doces para complementar renda

Eram 5h desta quinta-feira (13), quando o bancário Rafael Montenegro Cruz saiu de casa a caminho do trabalho, onde venderia brigadeiros que ele próprio faz. Afinal, a grana da venda dos doces ajuda a pagar as contas e complementar sua renda mensal.

Os doces tinham sido feitos e embalados ontem, com todo o carinho, para que seus clientes — todos colegas de trabalho — pudessem dar de presente aos professores dos filhos, em comemoração ao Dia do Professor, próximo sábado (15).

Exatamente às 5h23, o bancário pagou R$ 3,80 para entrar na estação Francisco Morato da CPTM e perder R$ 40. Esse foi o prejuízo após os doces que carregava serem amassados por conta da superlotação do trem.

— Perdi quatro caixas. Não tem como consumir [os brigadeiros].

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As dificuldades encaradas por Cruz e por outras 400 mil pessoas, que usam a linha 7-Rubi da CPTM diariamente, foram reflexo de um raio que atingiu a rede da companhia na madrugada

Os trens passaram a circular com intervalos maiores entre as estações Francisco Morato e Luz. Com a pane, as plataformas ficaram cheias e quem estava lá sofria as consequências: trens superlotados, demora para embarcar e empurra-empurra.

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Durante o trajeto, com velocidade reduzida e várias paradas, o "bancário-vendedor" também teve uma queda de pressão e passou mal, além do prejuízo com os doces amassados.

— Eu pego trem há 12 anos e nunca passei mal. Todo dia está assim [cheio]. Pelo menos uma vez na semana tem problema na linha 7. Só que hoje foi o ápice do problema.

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Cruz diz que a superlotação na linha é “normal”, mas que esta é a primeira vez que perde seus produtos. Além disso, ele garante que nunca fez o comércio de seus brigadeiros dentro das estações, apenas fora, por encomendas dos amigos.

Embora tudo isso tenha ocorrido entre o final da madrugada e o começo da manhã, a quinta-feira do bancário estava "apenas começando”. Quando chegou no trabalho, ainda teve que se explicar para os colegas de trabalho, que esperavam pelos brigadeiros.

— Eles entenderam e acabei deixando eles na mão. Mas o pessoal acabou ficando sem [doce].

Cruz entrou em contato com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para “reaver esse valor”. Eles disseram ao usuário que vão analisar o problema e entrar em contato com ele em até cinco dias por e-mail. Depois disso, ele resolveu postar a história no Twitter, para “agilizar o processo”.

A história do bancário é mais uma no meio de tantos prejuízos na vida dos paulistanos que têm que encarar trens lotados todos os dias para chegar ao trabalho e em casa ou para se divertir. Em dias úteis, a CPTM transporta uma média de 2,783 milhões de pessoas. Em 2015, foram 831,4 milhões de passageiros transportados, uma ligeira queda em relação aos 832,9 milhões registrados em 2014.

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