Muitas pessoas acham que o período dentro do transporte público é um “tempo perdido”. Outras aproveitam para usar redes sociais e bater papo com os amigos. Porém, nem todos pensam assim. Com a ideia de transformar as viagens diárias em momentos para ler, Fernando Tremonti começou o projeto Leitura no Vagão, que comemorou um ano nesta quarta-feira (12). Tremonti afirma que já foram doados mais de 1.300 exemplares para o projeto que deixa livros dentro dos vagões de metrô. "Viajando" pelas linhas, muitas pessoas podem ler o mesmo livro. Tudo começou quando Tremonti quis dividir com outras pessoas as experiências que os livros trouxeram para ele. Assim, ele começou a etiquetar os livros que tinha e “presentear” os usuários do metrô. Depois disso, foi criada uma rede de pessoas que começaram a participar do projeto. — Tem muita gente bacana que quer ajudar. Eu tento incentivar mandando os kits para elas com uma etiqueta, um folder e um marcador. Elas mesmas podem deixar no vagão. As doações também podem ser feitas pessoalmente. Tremonti é quem busca os livros e as estações de metrô, geralmente, são o ponto de encontro. — É importante saber que o bem que esse livro te fez vai fazer bem para outras pessoas. Não deixo [o livro] preso em casa. É até um crime você deixar um livro preso em casa. Ele afirma, ainda, que algumas editoras também ajudam doando livros, mas que a maior parte vem de pessoas que querem compartilhar suas experiências. — Eu gostaria que [o projeto] tivesse um efeito positivo [na vida dos outros]. As pessoas com quem eu converso dizem que é uma iniciativa legal para usar esse tempo dentro do trem para fazer algo. Não é um tempo perdido. Quem quiser ajudar o projeto fazendo doações pode entrar em contato pelo e-mail leituranovagao@gmail.com ou pela página do Leitura no Vagão no Facebook.