A coordenadora do Plid (Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos) em São Paulo, promotora de Justiça Eliana Vendramini, vê na tecnologia um importante aliado no enfrentamento do problema do desaparecimento de pessoas.
O Plid conta com a colaboração de internautas e já conseguiu solucionar casos com ajuda das redes sociais. Agora, a promotora tenta trazer para São Paulo o aplicativo Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública) Cidadão, do governo federal, mas ainda não teve resposta do poder público estadual.
— Existe um aplicativo que está válido em três Estados da federação para desaparecidos. Estou cobrando há mais de um ano que São Paulo se convenie rápido e adote o aplicativo para o Estado. Como resposta, eles dizem que estão avaliando. Só que, a cada dia em que eles avaliam, some mais gente ou se deixa de achar mais gente. Não podemos abrir mão desse tipo de coisa.
Idealizado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro em 2009, o Plid foi implantado no Ministério Público de São Paulo em novembro de 2013. O programa conta com o canal www.mpsp.mp.br/Desaparecidos para que o cidadão possa comunicar casos desaparecimento de pessoas. O programa tem, entre suas atribuições, o auxílio no processo de localização e identificação de óbitos, na identificação e na localização de pessoas desaparecidas e no combate ao tráfico de seres humanos.
De acordo com a promotora, está sendo montado, via inquérito civil, um banco de dados, com informações de todos os órgãos estaduais que lidam com possíveis desaparecimentos (Instituto Médico Legal, Serviço de Verificação de Óbito, Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público, Secretaria de Estado da Saúde e Instituto de Identificação).
— Será restrito [o acesso], porque terão dados particulares importantes [...] Se funcionar, cria o banco de dados federal. Já há o protótipo digital e estamos na nona reunião.
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No último Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, 25 de maio, o Ministério Público lançou duas novas campanhas publicitárias sobre o Plid. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, os novos filmes serão exibidos inicialmente em dez estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Estão ainda previstas veiculações em emissoras de TV.
Ainda conforme a assessoria do MP, cartazes serão fixados em 92 estações espalhadas por 22 cidades da Grande São Paulo, o que ajudará a conscientizar a sociedade sobre a importância do tema, além de ajudar na localização dos desaparecidos.