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Responsável por raio-X em aeroporto vai à falência e funcionária lamenta: "Não sei para onde vou"

GRU Airport confirmou problemas com empresa prestadora de serviços  

São Paulo|Márcia Francês e Amanda Mont'Alvão Veloso, do R7

Empresa responsável por raio-x deixa de funcionar no País
Empresa responsável por raio-x deixa de funcionar no País Empresa responsável por raio-x deixa de funcionar no País

A empresa Aeropark Serviços de Transportes Aéreos, responsável pelos procedimentos de embarque em diversos aeroportos do País, decretou falência e deixou funcionários sem salário e sem informação, segundo o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos e empregados da companhia ouvidos pelo R7.

A reportagem do R7 ligou para a Aeropark em Guarulhos e a funcionária que atendeu o telefone confirmou que a empresa não existia mais. Apesar de estar trabalhando, a mulher, que não quis se identificar, não sabe o que vai acontecer.

— Eu não sei para onde eu vou.

Ela informou que não havia nenhum responsável no momento para responder os questionamentos da imprensa.

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Só em São Paulo, a empresa empregava 700 trabalhadores, afirma o presidente do sindicato, Orisson Mello. Os serviços eram prestadas para a GRU (Aeroporto Internacional de Guarulhos), para a TAM e para a GOL.

— Do dia para a noite, ela disse que não existia mais, rescindiu contrato e foi embora. Apenas disseram "não estamos mais operando".

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Mello diz que não havia indicativos de que isso aconteceria, a não ser um atraso no pagamento do benefício de refeição, no valor de R$ 15.

— Há dois meses, a Aeropark havia atrasado o pagamento do vale-refeição, mas depois da pressão dos trabalhadores, regularizou a situação.

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Mello diz que o sindicato solicitou à GRU a retenção da fatura dos pagamentos da empresa para que as rescisões dos contratos com os trabalhadores sejam pagas, já pensando em um possível calote da Aeropark.

Segundo uma funcionária, que também não quis se identificar, ela chegou para trabalhar nesta sexta-feira (1º) e foi surpreendida pelo fechamento da empresa.

— A gente chegou hoje para trabalhar e as portas estavam fechadas. Nem a gerente ou a diretoria apareceram.

Ela trabalhava na empresa há um ano e meio. A funcionária informou que foi contratada como agente de proteção e trabalhava na operação do raio x dos terminais 2 e 3. Segundo ela, outra empresa já assumiu a operação do raio x.

No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, a Aeropark prestava serviços como conferência de passagens e raio x das bagagens para embarque nos terminais 1, 2 e 3 e segurança de aviões parados em áreas remotas do aeroporto, entre outras atividades. A GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto, confirmou que a empresa teve problemas, mas não deu detalhes do ocorrido. A assessoria de imprensa disse ainda que a operação no aeroporto está normal.

Segundo o Sintaag (Sindicato dos Trabalhadores Aeroviários em Empresas Auxiliares de Guarulhos), a empresa assumiu o compromisso de de pagar a folha de pagamento do mês de julho de 574 trabalhadores que operavam no Raio-X e de mais 60 que trabalhavam na Receita Federal. Ainda de acordo com o sindicato, todos os funcionários da Aeropark serão contratados por outras empresas.

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