O verão, com suas altas temperaturas e atmosfera mais úmida, é a estação do ano mais propícia a ter raios, justamente pela combinação dos dois fatores, segundo meteorologistas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
No Brasil, são registrados cerca de 50 milhões de descargas elétricas por ano, que causam a morte de centenas de pessoas, de acordo com o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica). Por conta disso, é preciso tomar certos cuidados quando há possibilidade de raios.
Os meteorologistas do Inmet dão algumas dicas básicas, como, caso a pessoa estiver em casa, ficar afastada da rede elétrica e não utilizar aparelhos elétricos que tenha fio, inclusive o telefone. O Elat indica ainda evitar ficar perto de tomadas, canos, janelas e portas metálicas.
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Já se a pessoa estiver no campo, é preciso evitar árvores, que não são locais seguros. A melhor opção é ficar dentro do carro, onde a descarga elétrica passa pela estrutura metálica.
A orientação é que, se a pessoa estiver em um lugar aberto, em um campo de futebol, por exemplo, e perceba que vai acontecer uma tempestade, procure um abrigo. Caso já esteja chovendo, com a presença de raios, é recomendado que se agache, com as pernas juntas. Além disso, o Grupo de Eletricidade Atmosférica indica evitar segurar objetos metálicos longos (varas de pesca, tripés e tacos de golfe), empinar pipas e aeromodelos com fio, andar a cavalo, nadar e ficar em grupos.
O Elat ressalta que pequenas construções (tendas, barracos, celeiros) e veículos sem cobertura oferecem risco e não protegem. Topos de morros e de prédios, áreas descampadas, estacionamentos, cerca de arame, torres e árvores isoladas oferecem grande risco.
Sobre o mito de estar calçando algo de borracha, como uma bota, os meteorologistas afirmam que isso não é suficiente para se proteger. É preciso seguir todas as orientações anteriores.
Fatalidades
De acordo com o Elat, a cada 50 mortes registradas por raio no Brasil, uma acontece no Brasil. As atividades rurais representam a maior parte das circunstâncias das fatalidades, com 19% do total. As mortes dentro de casa somam 15%, 14% aconteceram próximas a veículos e 12% embaixo de árvores.
O Estado de São Paulo é o que mais registrou mortes entre 2000 e 2012, com 267 casos. Minas Gerais é o segundo colocado, com 125 mortes, seguido do Rio Grande do Sul, com 121.