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Santa Casa de SP interrompe atendimentos de urgência e diz que está sem medicamentos

Hospital afirmou que fará todos os esforços para reverter a situação junto às autoridades

São Paulo|Do R7, com Agência Estado

Em 2011, as dívidas da Santa Casa chegavam a R$ 120 milhões
Em 2011, as dívidas da Santa Casa chegavam a R$ 120 milhões

Em comunicado na tarde desta terça-feira (22), a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo informou que interrompeu o atendimento de urgência e emergência em seu Hospital Central. De acordo com a instituição, o motivo é "a falta de recursos para a aquisição de materiais e medicamentos".

Po volta das 18h, o portão do pronto-atendimento foi fechado e os seguranças estão avisando sobre a suspensão do serviço. A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que não há previsão para reabertura.

A Santa Casa disse ainda que foi "compelida" a tomar essa decisão e que fará "todos os esforços para reverter a situação junto às autoridades responsáveis pela saúde pública e voltar a oferecer serviços de qualidade aos pacientes".

Crise


A crise da Santa Casa de São Paulo é antiga. Em 2011, o hospital ameaçou, pela primeira vez, suspender o atendimento no pronto-socorro.

A dívida da instituição era R$ 120 milhões. Na época, apesar do aporte mensal de R$ 24 milhões feito pelo Ministério da Saúde e pelo governo do Estado, a Santa Casa tinha um déficit de R$ 10 milhões por mês.


O superintendente do local, Antonio Carlos Forte, atribuía o problema ao aumento de custos de equipamentos e, sobretudo, de medicamentos. A alta no atendimento e novas diretrizes legais — que obrigavam, por exemplo, a troca de cateteres em vez de o reuso com esterilização — também ajudavam a ampliar a crise.

A preocupação que levou o hospital a cogitar o fechamento do pronto-socorro na época era que, sem capacidade para comprar remédios, o atendimento aos pacientes internados ficasse prejudicado.


Naquele ano, a Santa Casa recebeu R$ 10 milhões da Secretaria Estadual de Saúde. A verba de emergência foi concedida para manter o atendimento e para que o pronto-socorro não fosse fechado.

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