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Secretário de Kassab que arquivou denúncia contra esquema diz que agiu corretamente

Fraude na gestão Kassab pode ter desviado mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos

São Paulo|Do R7

Um dos auditores presos é dono de Porshe Cayenne amarelo. Patrimônio dele pode superar R$ 7 milhões
Um dos auditores presos é dono de Porshe Cayenne amarelo. Patrimônio dele pode superar R$ 7 milhões Um dos auditores presos é dono de Porshe Cayenne amarelo. Patrimônio dele pode superar R$ 7 milhões

O secretário de Finanças da gestão Gilberto Kassab (PSD) Mauro Ricardo Machado Costa, que arquivou denúncias de esquema de sonegação e desvio de pagamentos de impostos de seus funcionários, disse que agiu corretamente. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, ele admitiu que recomendou que a apuração fosse suspensa "salvo melhor juízo".

De acordo com Mauro Ricardo, a denúncia era "apenas uma folha de papel", que não tinha nenhum caso concreto que pudesse servir de base para uma investigação. Denúncias desse tipo, segundo ele, tendem a ir para o arquivo, mas foi aberto um processo de investigação preliminar, no qual os servidores foram ouvidos. A Secretaria de Finanças não encontrou qualquer indício que o processo deveria prosseguir. Não foram encontradas provas de enriquecimento ilícito.

Em entrevista ao jornal, ele disse que como não havia provas contras os servidores, ele recomendou o arquivamento do processo. 

— Meu despacho é muito claro: pode arquivar. Mas não estou mandando arquivar. Digo "salvo melhor juízo", ou seja, avaliem aí se é isso mesmo. Podendo arquivar ou encontrar motivo para prosseguimento do processo. Quem arquivou a investigação foi a Controladoria, não foi a Secretaria de Finanças. Fez o arquivamento baseado na análise, corroborando a análise que nós fizemos.

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Mauro Ricardo afirmou ainda que não havia ostentação de bens por parte dos servidores, que acumularam um patrimônio milionário com o desvio de recursos da prefeitura. Luís Alexandre Cardoso Magalhães, um dos servidores presos, possuía um Porsche Cayenne amarelo. A estimativa é que patrimônio não declarado de Magalhães supere R$ 7 milhões. 

O ex-secretário disse ainda que foi "traído" por Ronilson Bezerra Rodrigues, na época ex-subsecretário da Receita Municipal. Além de Magalhães e Rodrigues, também foram presos Eduardo Horle Barcellos e Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral. Os quatro servidores da prefeitura são suspeitos de participar de esquema de corrupção que causou prejuízos de pelo menos R$ 500 milhões aos cofres públicos, somente nos últimos três anos. 

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