A cidade de São Paulo conta com 23 centrais de triagem, sendo duas da prefeitura e 21 de cooperativas contratadas. Juntas, estas centrais separam 4% de todo lixo recolhido na cidade para reciclagem, mas o número poderia ser maior. Segundo a prefeitura, a quantidade de material reciclável enviado para a coleta seletiva é metade do que poderia ser processado. Espera-se dobrar este número nos próximos anos.
Segundo o gerente de planejamento da autoridade municipal de limpeza urbana, Samuel Oliveira, a coleta da prefeitura é solidária, ou seja, o cidadão não recebe dinheiro por ela. Para participar, basta deixar o material separado nos dias e horários que o caminhão passa na rua. As datas podem ser consultadas no site da prefeitura.
Materiais eletrônicos e lâmpadas, por exemplo, não são aceitos. Segundo Oliveira, quando o morador entrega este tipo de material para os lixeiros, eles não o recolhem e colocam um panfleto de orientação no lugar.
— O importante é fazer a triagem e não misturar o lixo reciclável com o orgânico.
Dos 96 distritos da capital, 46 têm coleta seletiva em todas as ruas e outros 38 são contemplados parcialmente. Caso a região não seja atendida pela coleta, o morador pode levar o lixo em um dos 83 ecopontos em operação, onde há PEVs (Pontos de Entrega Voluntária). Também existem outros locais de entrega voluntária instalados em lugares de grande circulação de pessoas, como perto de estações de metrô e terminais de ônibus. Os endereços também podem ser consultados pela internet.
Ainda de acordo com Oliveira, muita gente não sabe que existe coleta seletiva na rua onde mora. Uma das ações da prefeitura é equipar caminhões da coleta com um sistema que toca música a fim de avisar os moradores. Em julho, apenas dois veículos da frota de 71 caminhões foram equipados. Porém, o número deve ser ampliado em 30 dias.
Escova de dente vale e guardanapo não. Tire dúvidas que você sempre teve sobre reciclagem
Saiba como funciona uma central de triagem de lixo reciclável:
Cooperativas
As cooperativas são formadas por catadores de lixo com baixa renda. Nas duas centrais mecanizadas da prefeitura (Santo Amaro e Ponte Pequena), os trabalhadores recebem, em média, R$ 1.500 líquidos mensais. Nas demais, os salários variam de acordo com a produção de cada um, uma vez que os catadores podem recolher lixo da rua e aceitam doações de moradores e indústrias.
O R7 visitou a Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus, localizada em Santo Amaro, zona sul da capital, no último dia 30. No local, trabalham 64 cooperados, além dos funcionários da EcoUrbis (empresa terceirizada que presta serviço de coleta para a prefeitura). A central foi inaugurada em 16 de julho de 2014, com investimento de R$ 33 milhões. De todo o material processado, em média, 50% são de papel misto (revistas, jornais), 25% são papel e 25% correspondem ao restante.
Leia mais notícias de São Paulo
Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play