O fentanil, substância que causou a morte do cantor Prince em abril deste ano, é considerado cerca de 50 vezes mais potente que a morfina. Ele serve para anestesia e como analgésico e foi sintetizado pela primeira vez em 1959. Entrou no mercado nos anos 60 como um anestésico endovenoso. Já a butilona é uma catinona sintética e pode provocar intoxicações tão graves quanto as causadas pela cocaína ou a metanfetamina. Em forma de cristais, é usada em vários países como agrotóxico ou repelente, mas também tem efeito alucinógeno.
"Em agosto, em uma semana, atendemos seis casos de intoxicação de jovens por drogas sintéticas, um deles fatal. Identificamos até quatro drogas num único exame laboratorial. Os jovens correm um risco grande com essas substâncias. Muitas vezes, a interação delas tem um efeito letal", diz Rafael Lanaro, toxicologista do Laboratório de Toxicologia Analítica (LTA) do CCI. Um dos pacientes atendidos pelo CCI tem 25 anos e estava numa festa em Campinas. Chegou inconsciente no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. Ele teria consumido LSD e álcool. Nos exames foi detectado o fentanil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.