Vice-governador de SP promete atendimento 'singular' a usuários de drogas da Cracolândia
Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas foi inaugurado pelo governo estadual em parceria com a prefeitura na capital nesta terça
São Paulo|Do R7
O vice-governador Felicio Ramuth, em parceria com o prefeito Ricardo Nunes, inaugurou o Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, o antigo Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), localizado no centro da capital, na tarde desta terça-feira (11). O local vai atender, principalmente, os usuários de drogas da região da Cracolândia.
“O tratamento vai respeitar a singularidade de cada um através da rede de atuação e equipamentos públicos da prefeitura e do estado", prometeu Ramuth durante coletiva de imprensa.
Apesar da cerimônia de inauguração ser hoje, o equipamento de saúde está funcionando desde a última quinta-feira (6). De acordo com o governo, 292 pessoas já foram recebidas em atendimentos de triagem e encaminhamentos clínicos e sociais.
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A capacidade do hub é de 700 atendimentos clínicos e 6 mil atendimentos sociais por mês, que são feitos em parceria com outros equipamentos públicos e assistenciais, como centro de reabilitação, comunidades terapêuticas, entre outros.
Segundo a prefeitura, a unidade contará com acolhimento social com avaliação dos riscos médicos e clínicos durante 24 horas, além do monitoramento do tratamento do paciente e do auxílio para a reinserção social.
Questionado sobre a possibilidade da internação compulsória - aquela determinada pela Justiça -, o vice-governador afirmou que essa ferramenta pode ser adotada em alguns casos. "É um instrumento que existe há muito tempo, mas aqui será oferecido um leque de linhas de cuidado. A internação compulsória pode acontecer em caso específico. Não existe discussão em relação a isso", explicou.
Durante a coletiva, o prefeito Ricardo Nunes também apontou dois desafios no tratamento dos usuários da Cracolândia: o convencimento das pessoas que estão há mais de cinco anos morando na região a aceitarem o tratamento e o consumo de uma nova droga conhecida como K9, cujo é efeito pode ser 100 mais potente do que a maconha.