Violência em protesto na abertura da Copa 'espantou' manifestantes, diz organizador
Cerca de 200 pessoas participaram do ato na avenida Paulista nesta segunda-feira
São Paulo|Sylvia Albuquerque, do R7
Mais policiais do que manifestantes. Essa é a impressão de quem acompanhou o ato "Se não tiver direitos, não vai ter Copa" nesta segunda-feira (23) na avenida Paulista. De acordo com a Polícia Militar, 200 pessoas estiveram no local, contando com os jornalistas que faziam a cobertura.
A Tropa de Choque teve o apoio da cavalaria, o que, segundo os ativistas, intimidou quem queria participar do protesto.
O grupo pediu o fim da repressão policial e apoiou a readmissão dos metroviários demitidos durante a greve que durou cinco dias no início do mês. Os manifestantes se concentraram na praça do Ciclista e, por volta das 17h, saíram caminhando pela Paulista.
Rodrigo Antônio, de 36 anos, integrante do Território Livre — um dos grupos que organiza o ato — disse que a baixa adesão ocorreu por conta dos confrontos no dia 12 de junho.
— O ato reúne vários grupos distintos e fomos impedidos de protestar no dia 12. Queremos o direito de manifestar sem repressão, sem violência. Na nossa avaliação, o ato de hoje não teve muita gente porque as pessoas estão com medo de apanhar.
A manifestação organizada no dia 12 de junho, abertura dos jogos, teve confronto com a polícia, tumulto e algumas estações do metrô chegaram a ser fechadas.
A polícia montou barreiras ao redor de todo o protesto nesta segunda-feira. Um ativista foi detido e, de acordo a Polícia Militar, ele portava uma pequena quantidade de maconha. Um advogado voluntário acompanhou o jovem até o 78ºDP, onde a ocorrência foi registrada. A manifestação se encerrou por volta das 19h na frente do Masp.