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Volume morto do Alto Tietê será usado em agosto

Sistema foi utilizado para socorrer população que então era abastecida pelo Cantareira

São Paulo|

Barragem do Rio Jundiaí, pertencente ao Sistema Alto Tietê, na região de Mogi das Cruzes (SP)
Barragem do Rio Jundiaí, pertencente ao Sistema Alto Tietê, na região de Mogi das Cruzes (SP) Barragem do Rio Jundiaí, pertencente ao Sistema Alto Tietê, na região de Mogi das Cruzes (SP)

Após ceder água para socorrer clientes atendidos pelo Sistema Cantareira, chegou a vez de o Alto Tietê ter o volume morto utilizado. Admitindo o esgotamento do segundo principal manancial que abastece a Grande São Paulo, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou, nesta segunda-feira (21), que pretende retirar 25 bilhões de litros das reservas profundas de duas das cinco represas que formam o sistema, o que daria uma sobrevida de 25 dias ao manancial — em julho, o déficit diário é de 1 bilhão de litros.

Segundo a Sabesp, a medida só será adotada "caso seja necessário". Ontem, o Alto Tietê estava com 22,4% da capacidade máxima, de 520 bilhões de litros. Projeções apontam que esse volume pode acabar entre 90 e 120 dias, ou seja, até novembro.

A concessionária informou que poderá retirar 10 bilhões de litros do volume morto da Represa Bitiriba-Mirim já a partir de agosto. Hoje o reservatório, que tem 35 bilhões de litros, está com cerca de 14% da capacidade. Em novembro, diz a companhia, outros 15 bilhões de litros podem ser captados da reserva da Represa Jundiaí, que está com 13% dos seus 74 bilhões de litros.

Problemas

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No dia 15 de junho, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a queda no nível do Sistema Alto Tietê era equivalente à do Cantareira, e o manancial que abastece cerca de 4 milhões de pessoas na região leste da Grande São Paulo e da capital podia secar ainda neste ano.

Além da falta de chuva na região, o Alto Tietê manteve seu ritmo de produção de água para socorrer o Cantareira, que foi poupado. À época, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que houvesse crise.

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— A Sabesp faz monitoramento e, mesmo com uma seca que é a maior dos últimos 84 anos, não teremos problemas no Alto Tietê.

Cantareira

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A Sabesp também aguarda uma autorização da ANA (Agência Nacional de Águas) e do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica), órgãos gestores do Cantareira, para retirar mais 100 bilhões de litros do volume morto do manancial, além dos 182,5 bilhões que começaram a ser captados em junho.

No início do mês, Alckmin havia negado a possibilidade de usar mais uma parcela da reserva profunda, que tem, ao todo, 480 bilhões de litros. Até ontem, a Sabesp já havia captado 59,5 bilhões de litros do volume morto, ou 32,6% da cota liberada.

Nível do Sistema Cantareira chega aos 16,8%

Estimativas feitas pela própria Sabesp e reveladas pelo Estado mostram que esse reservatório pode estar esgotado até 27 de outubro. Alckmin garante que o volume de água disponível nos mananciais paulistas é suficiente para garantir o abastecimento de água sem racionamento generalizado até "meados de março".

O governo acredita que o próximo período chuvoso, que começa em outubro, deve "normalizar" o nível das represas. Mas, segundo análise estatística feita pelo comitê anticrise que monitora o Cantareira, a chance de o manancial se recuperar após o próximo verão é de apenas 25%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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