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80% dos profissionais do Mais Médicos continuam de braços cruzados por falta de registro

Expectativa do Ministério da Saúde é que até sábado (28) sejam entregues mais 386 documentos

Saúde|Vanessa Sulina, do R7 com Estadão Conteúdo

Na Bahia, médicos começaram a trabalhar nesta segunda-feira
Na Bahia, médicos começaram a trabalhar nesta segunda-feira

Quase três dias depois do início oficial do trabalho do Mais Médicos, pouco mais de 80% dos profissionais continuavam de braços cruzados nesta quarta-feira (25), de acordo com o Ministério da Saúde.

Segundo com o último balanço do governo federal, 122 médicos conseguiram retirar o registro provisório. Foram dois no Acre, 19 no Rio Grande do Sul, 29 no Ceará, 31 na Bahia, 11 no Pernambuco, dez em Goiás, dez na Paraíba e dez no Tocantins.

Até o próximo sábado (28), a expectativa é que sejam entregues pelos CRMs (Conselho Regional de Medicina) mais 386. Destes documentos, 202 já eram para ter sido emitidos até esta terça-feira (24). O ministério informou que, de acordo com os conselhos, o atraso aconteceu por "falta de documentação ou inconsistências".

Sem o registro, os profissionais não podem trabalhar. Segundo o governo, os médicos que estão à espera para começar os trabalhos, têm aproveitado o período para conhecer melhor o sistema de saúde da cidade.


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Custo dos atrasos


O atraso no registro profissional dos integrantes do programa Mais Médicos vai custar aos cofres públicos pelo menos R$ 2,297 milhões. Esse é o valor do salário dos integrantes do programa durante os dias parados por falta de documentação legal. Pela programação atual, somente em 8 de outubro todo o grupo terá em mãos a permissão para trabalho.

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O governo diz que trabalha para que os problemas sejam resolvidos rapidamente. Estava prevista para terça-feira (24) uma reunião entre a AGU (Advocacia-Geral da União) e o Ministério da Saúde para discutir a estratégia. A ideia era ingressar com ações judiciais pontuais, pedindo celeridade na concessão das licenças pelos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina).

O governo afirma que as entidades resistem em providenciar o registro. E diz que pelo menos 280 dos 628 necessários já deveriam ter sido concedidos. Os conselhos, por sua vez, garantem que o atraso é fruto da demora do Ministério da Saúde em apresentar os dados necessários.

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