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Ansiedade pode levar à compulsão sexual, revela estudo

De acordo com levantamento da USP, 72% dos pacientes apresentavam distúrbio psiquiátrico 

Saúde|Do R7

Especialista diz que pacientes relataram consequências negativas
Especialista diz que pacientes relataram consequências negativas Especialista diz que pacientes relataram consequências negativas

O estudo realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP aponta que 72% dos pacientes com diagnóstico de compulsão sexual possui pelo menos uma distúrbio psiquiátrico associado, como transtornos de humor e ansiedade.

Na primeira fase da pesquisa foi analisado um grupo de 86 homens com diagnóstico de comportamentos sexual compulsivo. Dentre eles, 26% eram gays, 17% bissexuais e 57% héteros.

Não foi registrada diferença entre os grupos quanto ao grau de compulsividade e nem quanto a presença de co-morbidades psiquiátricas. O levantamento foi publicado na revista Psychiatry Research.

Entre os critérios para participar do estudo estavam praticar sexo cada vez mais intenso e frequente para se obter a mesma satisfação que havia no início do quadro. Além disso, sentir mal-estar físico e/ou psicológico (abstinência) quando tenta diminuir ou evitar o sexo, ocupar o tempo com o sexo com outras pessoas ou masturbação, fracassar quando tenta controlar o comportamento sexual, gastar muito tempo e energia buscando o sexo, ocupar-se do sexo quando deveria trabalhar e continuar com o comportamento sexual mesmo percebendo que está sendo prejudicado, entre outros comportamentos.

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De acordo com Marco Scanavino, do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP, a maior parte dos pacientes "apresentam alguma consequência negativa maior em suas vidas".

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— Alguns chegam com dívidas, grande prejuízo financeiro, perderam um relacionamento afetivo importante ou contraíram alguma DST.

O trabalho, financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), demonstra indícios de outros tipos de sofrimento mental. Do total de participantes, 22% preencheram critérios para risco de suicídio.

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— Sintomas de ansiedade e de depressão, quando tratados, podem amenizar o descontrole sexual, para buscarmos um equilíbrio melhor”.

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Segunda fase

A pesquisa entra agora na segunda fase em que pessoas sem diagnóstico de compulsão sexual serão avaliadas, e passarão pelos mesmos exames e consultas pelos quais o primeiro grupo passou. Para isso, o HC está recrutando voluntários.

Os interessados podem se inscrever pelo e-mail ise.ipq.hc@gmail.com, pelo telefone 9-9922-2198 ou pelo site www.compulsaosexual.com.br

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