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Apesar da chance remota de epidemia, hospital paulista tem plano contra ebola

Refugiados ou imigrantes que chegarem de locais de risco devem ser acompanhados por 21 dias

Saúde|Com Agência Brasil

Apesar de ser muito remota a chance de uma epidemia de ebola no Brasil, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, referência em diagnóstico e tratamento de doenças infectocontagiosas, apresentou na sexta-feira (5) orientações e um plano de contingência da doença a organizações não governamentais e entidades que trabalham diretamente com imigrantes.

São Paulo recebe equipamento especial para combater ebola:

Os refugiados ou imigrantes que chegarem dos países africanos com surto da doença (Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa) deverão ser acompanhados pelas entidades por 21 dias, com duas medições diárias da temperatura corpórea para a aferição de febre — principal sintoma da doença. Em caso positivo, o serviço de saúde deve ser acionado e notificar o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), da Secretaria de Saúde, como explica a a médica do CVE, Gizelda Katz.

— A partir do momento em que o paciente cumpra os critérios de caso suspeito de ebola, nós vamos buscá-lo no local com um grupo de resgate de urgências do estado, preparado para resgatar pessoas com alto risco de transmissão no período da Copa [do Mundo].


São Paulo recebeu equipamentos especiais para combater o vírus ebola
São Paulo recebeu equipamentos especiais para combater o vírus ebola

O diretor técnico do Hospital Emílio Ribas, o infectologista Luiz Carlos Pereira, ressaltou que o hospital está preparado para qualquer caso suspeito da doença.

— Nós aqui, internamente, vamos trabalhar com proteção máxima, com sala e antessala de isolamento. O equipamento médico consta de macacão fechado com gorro, duas luvas sobrepostas, duas botas sobrepostas, material impermeável, óculos, máscara e, por cima, um visor. Dessa forma a equipe está protegida.


De acordo com o coordenador do Núcleo de Medicina do Viajante daquele hospital, Jessé Reis Alves, o vírus só é transmitido quando a pessoa infectada está manifestando os sintomas da doença, o que facilita o controle da disseminação. Os sintomas podem aparecer até 21 dias após o contágio, mas normalmente se manifestam no sexto ou sétimo dia após a infecção. Como as fronteiras dos países onde há surto estão fechadas, e não há voos diretos para o Brasil, as chances de o vírus chegar ao país são remotas.

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Uma pessoa que vem da África para o Brasil gasta bastante tempo, pois não temos voos diretos para os países afetados. Quase todos os voos da Costa Oeste africana vão primeiro para África do Sul, e depois é que vêm para cá, explicou.

Para a educadora Isabel Abalos, do Centro Social Nossa Senhora Aparecida, que recebe imigrantes africanos, havia dúvidas sobre como proceder com os casos suspeitos.

— O que nos preocupava é que os africanos estão chegando ao Brasil, e eles transitam pela África; e a notícia estava avançando, o que nos deu essa motivação para pedir esclarecimentos ao Emílio Ribas. [...] Agora sei que posso telefonar e tenho de controlar a temperatura da pessoa.

O ebola não é transmitido pelo ar e nem pela água. O contágio ocorre no contato com fluidos corporais da pessoa infectada. Além da febre, os sintomas são dores de cabeça, dores musculares, fraqueza, diarreia, vômitos, dores abdominais, perda de apetite e sinais de sangramento nas mucosas e nas fezes.

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