Com o aumento da preocupação mundial sobre a epidemia de ebola, o Centro de Operações de Emergência em Saúde do governo federal acionou nesta sexta-feira (8) o nível 2 de emergência para a doença, o penúltimo da escala de gravidade. Além disso, reforçou os procedimentos de segurança em portos e aeroportos brasileiros para identificar possíveis sintomas da doença. A informação é da Agência Brasil, agência pública de notícias do governo federal.
No mesmo dia, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, garantiu em entrevista coletiva que é improvável que a doença chegue ao Brasil. A adoção do nível de emergência 2, segundo justificativa de técnicos do Centro de Operação, dá mais agilidade caso surja alguma suspeita de que o vírus do ebola tenha entrado no país. No nível 2, equipes ficam em alerta, permitindo que sejam deslocadas para regiões com suspeita da doença sem que os governos locais precisem autorizá-las - um processo que, dependendo da burocracia, pode ser muito lento.
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Na entrevista que deu nesta sexta-feira (8), o ministro afirmou que o País está seguindo todas as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e chamou atenção para a importância de unir organizações internacionais para evitar a disseminação da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, os aeroportos internacionais brasileiros estão preparados para identificar casos de transmissão do vírus. Ao todo são 60 profissionais espalhados pelos 26 Estados e o Distrito Federal capazes de detectar e lidar com casos de ebola. Segundo Chioro, as 12 cidades que sediaram a Copa do Mundo também contam com hospitais de referência para lidar com suspeitas.