Brasileiros fazem sexo, em média, 3 vezes por semana, diz pesquisa
Homens se sentem mais realizados no amor e sexo do que as mulheres
Saúde|Vanessa Sulina, do R7
Quantas vezes você tem feito sexo por semana? Os brasileiros afirmam que fazem sexo, em média, 2,9 vezes por semana, segundo a pesquisa Mosaico 2.0 conduzida pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Prosex (Projeto Sexualidade) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Para o estudo, foram entrevistados 3.000 participantes entre 18 e 70 anos de idade, em sete regiões do Brasil: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Porto Alegre e Distrito Federal.
Quando analisado os universos feminino e masculino, 18,2% afirmam fazer sexo uma vez na semana; 20,2% duas e 19% três vezes. Já entre os homens, 16,7% dizem fazer uma vez, 20,6% duas vezes e 22,9% três vezes.
Apesar da média, os brasileiros afirmam que desejariam ter relação sexual por cinco vezes na semana. Nesse aspecto, há diferença também entre os gêneros. Para as mulheres, o ideal seria três vezes por semana, já entre os homens a resposta mais escolhida foi de “mais de oito vezes”, ou seja, um terço deles (26,8%). Em geral, a expectativa média é de quatro relações por semana para as mulheres e seis para os homens.
Na avaliação de Carmita, essa diferença entre realidade e expectativa na frequência de sexo se dá por diferentes motivos, de acordo com cada faixa etária.
— Em relação aos jovens, apesar de eles terem mais disponibilidade de tempo, eles não têm local adequado para ter relação e também menos condições econômicas. Já os adultos, apesar de terem relações estáveis, tem que lidar com trabalho excessivo, filhos pequenos e outras demandas. E quando os filhos crescem, a mulher entra no climatério, quando a disponibilidade sexual é menor. O que inclusive explica o fato de a frequência sexual do homem ser maior que da mulher, em média.
Sexo e amor: há distinção?
O levantamento também traz aspecto interessante: a forma que o homem e a mulher lidam com amor e sexo. A maioria dos entrevistados (56%), independentemente do gênero, distinguem a vida sexual da afetiva. Porém, entre os homens essa percepção é ainda maior, chegando a 59,7%. Já entre as mulheres, 51% fazem essa diferenciação.
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Mais da metade do público masculino (50,8%) se considera realizado em ambos os aspectos. Porém, o mesmo não se observa entre as mulheres, pois 44,4% delas tem essa percepção. Quando analisado ambos os sexos em separado, algo curioso que se percebe é que, tanto sexualmente como afetivamente os homens estão mais realizados do que as mulheres.
Na análise da psiquiatra, os homens se consideram mais satisfeitos em ambas as esferas do que as mulheres, pois “elas têm mais expectativa em relação ao sexo do que o homem”.
— Para a mulher conta mais a questão da intimidade com o parceiro, do que conta para o homem. Para o homem, após o ato, ele costuma descansar e até dormir. Já a mulher, tem vontade de conversar, por exemplo. Há mais aspectos envolvidos. Então, ela fica com o algo de insatisfatório.
Apesar disso, em relação à última e primeira pesquisa Mosaico, realizada há oitos anos, Carmita diz que é possível perceber que a mulher “tem mudado o comportamento sexual dela”.
— Várias dela declaram que fazem sexo por atração. Nesses oito anos, a mulher toma consciência e faz sexo separando atividade erótica e afetiva. Elas vêm praticando o sexo diferenciado.
Número de parceiros
A pesquisa também revela que o número de parceiros, em média, nos últimos 12 meses foi de dois para os homens e um para as mulheres. Apesar das diferenças comportamentais entre os gêneros, há um ponto em que a convergência é total. Segundo 95,3% dos entrevistados, o sexo é importante ou muito importante para a harmonia do casal. Entre os homens, esse número chega a 96,2% entre os homens e 94,5% para as mulheres.