Casos de caxumba aumentam quase 4 vezes em São Paulo
De janeiro a abril de 2016, 45 casos já foram confirmados, contra 12 no mesmo período em 2015
Saúde|Marcella Franco, do R7
Depois do surto de H1N1 ainda em curso no Estado de São Paulo, que abarrotou as clínicas de vacinação nas últimas duas semanas, agora os paulistanos têm mais uma notícia com que lidar: de 1º de janeiro à última segunda-feira (4), foram confirmados 45 casos de caxumba no município, um número quase quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período no ano passado, quando 12 pacientes foram diagnosticados com a doença.
No Colégio Oswald de Andrade, por exemplo, a unidade que concentra os alunos do Ensino Fundamental, entre 11 e 17 anos de idade, seis casos foram confirmados, e outros dois seguem sob suspeita, aguardando um diagnóstico final. A escola promoveu, então, uma vacinação de contenção voltada a todos os alunos e funcionários ainda não imunizados.
A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas salivares, e é transmitida pela saliva infectada. Algumas pessoas não apresentam sintomas, mas, quando eles aparecem, são, no geral, dor e inchaço nas glândulas salivares, febre, dor de cabeça, cansaço e falta de apetite.
O tratamento é apenas com alívio dos sintomas, e a recuperação leva cerca de duas semanas.
De acordo com o Hospital Albert Einstein, trata-se de uma doença de baixa incidência, com cerca de 150 mil casos ao ano no Brasil. Segundo dados da Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde), o município de São Paulo teve 138 casos notificados entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2015 em instituições escolares.
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A caxumba é de fácil prevenção por meio da SCV (vacina tríplice viral), que faz parte do calendário de vacinação e é aplicada em rotina nas crianças de 12 meses de idade em todos os postos de saúde.
A secretaria esclarece que, para as crianças nascidas a partir de 1º de junho de 2012, na segunda dose deverá ser aplicada a vacina tetraviral, desde que já tenha recebido uma dose de tríplice viral, com intervalo mínimo de 30 dias.
Adolescentes entre 10 e 19 anos também devem receber a vacina em duas doses. Adultos entre 20 e 49 anos que não tenham sido imunizados anteriormente também podem se vacinar, e, neste caso, recebem apenas uma dose.
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