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Cheiro de suor pode ajudar no tratamento de ansiedade, sugere estudo preliminar

Voluntárias submetidas ao odor em conjunto com sessão terapêutica apresentaram redução dos níveis do quadro em 39%

Saúde|Do R7

Mulheres foram submetidas a odores e observaram resultados a partir da terapia
Mulheres foram submetidas a odores e observaram resultados a partir da terapia Mulheres foram submetidas a odores e observaram resultados a partir da terapia

Pesquisadores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, constataram, em um estudo preliminar, que o cheiro do suor alheio pode reduzir os sintomas de ansiedade social. Os resultados foram apresentados no Congresso Europeu de Psiquiatria, em Paris.

“Nosso estado de espírito nos leva a produzir moléculas (ou quimio-sinais) no suor que comunicam nossa estado emocional e produzem respostas correspondentes nos receptores. Os resultados de nossa pesquisa preliminar mostram que a combinação desses sinais químicos com terapia de atenção plena parecem produzir melhores resultados no tratamento da ansiedade social, que podem ser alcançados apenas pela terapia de mindfulness”, afirma a autora principal, Elisa Vigna.

A análise, que contou com a participação de 48 mulheres entre 15 e 35 anos, todas com ansiedade social (quadro em que os pacientes se preocupam excessivamente em participar de situações sociais, interferindo em sua interação e causando prejuízo à sua vida e às suas relações), e que eram submetidas a um tratamento terapêutico de atenção plena. 

Durante a pesquisa, as voluntárias foram divididas em três grupos, com 16 pessoas cada e, ao longo de dois dias, foram submetidas à terapia de atenção plena, em conjunto com a exposição a diferentes odores cada, obtidos a partir de amostras de suor de pessoas que viram diferentes tipos de videoclipes, que provocavam emoções diferentes, como medo ou felicidade, além de um grupo de controle, que foi exposto ao ar puro.

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De acordo com as descobertas, as mulheres que foram expostas ao suor de pessoas que assistiram aos vídeos, tanto engraçados, como assustadores, tiveram melhores respostas à terapia de atenção plena quando comparadas àquelas que não foram submetidas ao odor. 

“Ficamos um pouco surpresos ao descobrir que o estado emocional da pessoa que produz o suor não diferiu nos resultados do tratamento. Portanto, pode haver algo sobre sinais químicos humanos, geralmente no suor, o que afeta a resposta ao tratamento. Pode ser que simplesmente estar exposto à presença de outra pessoa tenha esse efeito, mas precisamos confirmar isso”, alega Elisa.

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Foi constatado, ainda, que as pessoas submetidas à sessão de tratamento de mindfulness junto da exposição a odores corporais tiveram uma redução de cerca de 39%. Em comparação, o grupo que recebeu apenas a sessão terapêutica, sem os odores, apresentou uma redução de 17% nos níveis de ansiedade.

Agora, os pesquisadores esperam que, se conseguirem identificar e isolar as moléculas que estão causando os efeitos benéficos observados no estudo, conseguirão incorporá-las ao uso terapêutico.

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