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China pede à OMS que seja 'imparcial' após críticas sobre dados de surto de Covid

Na última quarta-feira, Michael Ryan, diretor da organização, afirmou que as estatísticas oficiais não refletem o impacto real do vírus no país

Saúde|Do R7, com AFP e EFE

Hospital na China com pacientes internados com Covid-19
Hospital na China com pacientes internados com Covid-19 Hospital na China com pacientes internados com Covid-19

A China pediu nesta quinta-feira (5) à OMS (Organização Mundial da Saúde) que assuma uma posição "imparcial" sobre a gestão da Covid-19, depois que o órgão criticou Pequim pela definição "muito estreita" para contar as mortes pelo vírus.

"Esperamos que o secretariado da OMS mantenha uma posição científica, objetiva e imparcial e se esforce para desempenhar um papel positivo na resposta global ao desafio da pandemia", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, a repórteres.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, disse ontem que as estatísticas oficiais não refletem o impacto real do vírus na China, que enfrenta um aumento nas infecções após o desmantelamento da estratégia de Covid zero, em dezembro.

A China respondeu que "manteve uma estreita cooperação com a OMS" e "sempre compartilhou informações e dados relevantes com a comunidade internacional, em uma atitude aberta e transparente".

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"De acordo com um balanço incompleto, houve cerca de 60 trocas técnicas entre os dois lados desde que a Covid-19 foi detectada pela primeira vez, em questões como prevenção e controle da Covid-19, tratamento, pesquisa e desenvolvimento de vacinas e rastreamento da origem do vírus", disse Mao Ning.

O balanço oficial da China mostra apenas 23 mortes por Covid desde dezembro, depois que as autoridades reduziram drasticamente os critérios para contar uma morte pela doença.

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Mais de dez países impuseram testes de Covid para passageiros vindos da China, citando, em vários casos, a falta de transparência do país asiático sobre os dados do surto. A China classificou essa medida de "inaceitável".

Ausência de novas variantes na China

Também ontem, a OMS informou que não há novas variantes em circulação no país mais populoso do mundo. Isso porque as autoridades sanitárias apresentaram dados sobre casos de Covid-19 ao grupo de especialistas da entidade, particularmente sequenciamentos de genomas, e ressaltou que até agora não identificou nenhuma mutação do vírus.

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"Não foram identificadas novas variantes ou mutações significativas nos dados de sequenciamento disponíveis ao público", disse a OMS em declaração após uma reunião do grupo de especialistas sobre a evolução da Covid-19 com representantes dos centros de controle e prevenção de doenças da China.

A reunião, realizada na última terça-feira após numerosos pedidos da OMS à China para compartilhar mais informações sobre a atual explosão de casos no gigante asiático, apresentou dados sobre mais de 2.000 genomas de Covid-19 positivos recolhidos e sequenciados desde 1º de dezembro de 2022.

A OMS esclareceu que 97,5% dos genomas sequenciados e compartilhados pela China são das subvariantes Ômicron BA 5.2 e BF.7, de acordo com os casos analisados de viajantes da China que foram analisados em outros países.

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