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Cidade em Roraima investiga caso suspeito de poliomielite

Adolescente está internada em um hospital de Boa Vista, e a principal hipótese para o quadro é a queda da cobertura vacinal

Saúde|Do R7

Não há casos de pólio no Brasil desde o fim da década de 1980
Não há casos de pólio no Brasil desde o fim da década de 1980

A Secretaria Municipal de Saúde de Rorainópolis, município localizado no interior de Roraima, investiga um caso suspeito de poliomielite em uma adolescente de 14 anos. Segundo especialistas, a redução na cobertura vacinal contra a doença tem elevado os riscos do retorno do vírus, erradicado no Brasil desde 1989.

A Prefeitura de Rorainópolis informou, em nota, que a Coordenação de Vigilância em Saúde do município recebeu a notificação no último dia 29 e iniciou as tratativas pertinentes ao caso.

De acordo com o governo de Roraima, a paciente tomou sete doses da vacina oral de poliomielite e está internada em um hospital em Boa Vista, capital do estado.

"Apesar de considerada erradicada, a agressiva queda nas coberturas vacinais torna iminente a real reintrodução do vírus no Brasil", disse a Prefeitura de Rorainópolis.


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A pasta frisou que a poliomielite é uma doença contagiosa aguda, que pode infectar crianças e adultos por contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de doentes, podendo provocar quadros de paralisia.

A prefeitura orientou que, em caso de dúvida, os pacientes procurem a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima. A vacina contra a poliomielite está disponível para todas as crianças de 1 a 4 anos.


A Secretaria de Saúde de Roraima informou que tomou conhecimento de um caso de paralisia flácida aguda em Rorainópolis, no último dia 28.

"Toda paralisia flácida aguda em menores de 15 anos deve ser notificada e investigada como parte da rotina do monitoramento da circulação de poliovírus no Brasil", informou a pasta.


Mais de 11 milhões de crianças ainda não tomaram vacina contra a poliomielite

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo no início da semana, a menos de duas semanas do fim da campanha nacional contra a poliomielite, cerca de 11 milhões de crianças não haviam recebido a vacina contra a doença até a última segunda-feira (29) – o que corresponde a 22,1% do público-alvo.

Médicos alertam para os riscos de volta da paralisia infantil, diante do registro de novos casos no exterior, inclusive em países como Estados Unidos e Israel.

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