Dos 400 médicos cubanos que atuarão no Brasil, 84% têm mais de 16 anos de experiência
Profissionais cubanos ou formados em Cuba têm especialização em Medicina da Família
Saúde|Mariana Londres Pinha, do R7 Brasília
Dos 400 médicos cubanos ou formados em Cuba que atuarão no Brasil na primeira etapa do programa Mais Médicos, 84% têm mais de 16 anos de experiência, de acordo com o Ministério da Saúde.
A pasta informou ainda, nesta terça-feira (3), que todos os médicos cubanos ou formados em Cuba têm especialização em Medicina da Família. O objetivo do governo federal é os médicos cubanos ou formados em Cuba atuem no atendimento básico em municípios que não têm nenhum médico.
Além disso, 42% dos médicos cubanos já estiveram em outros países para atuação no atendimento básico à população.
Quase todos os médicos cubanos ou formados em Cuba que estão no Brasil para a primeira fase do programa irão atuar em municípios do Norte e Nordeste. De acordo com o ministério, os 400 cubanos irão atuar em 219 locais, sendo que 91%, ou 364, no Norte e Nordeste e apenas 36 para cidades do Sul e Sudeste.
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Os profissionais estrangeiros chegaram ao País na semana passada e seguem em treinamento. A previsão é que eles comecem a trabalhar no dia 16 deste mês. Os médicos estrangeiros serão encaminhados para as regiões não selecionadas pelos profissionais brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, são 701 municípios para quase 4.000 profissionais que chegarão até fevereiro de 2014.
Um dos pontos de forte debate após o início do programa é o salário que o governo pagará para os médicos cubanos.
Segundo o governo federal, o acordo com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) prevê que os profissionais recebam de R$ 2.500 a R$ 4.000 por mês, ou seja, até 40% da bolsa formação de R$ 10 mil paga aos médicos brasileiros.