Especialista do hospital Hadassah, de Israel, fala sobre a importância da imunoterapia para a cura do câncer
Em jantar especial, ela ressaltou a necessidade da prevenção e abordou estágios do melanoma
Saúde|Eugenio Goussinsky, do R7
Com o objetivo de apresentar várias possibilidades da cura do câncer, especialmente o melanoma, o Hadassah Brasil, representante do Hadassah Medical Center de Israel, realizou um encontro intitulado There is hope (Existe esperança), na noite desta segunda-feira (20) na capital paulista.
O evento homenageou a jovem Daphne Mosseri, falecida há cerca de dois anos, de melanoma, aos 30 anos. E contou com a presença da Drª Michal Lotem, diretora do centro de imunoterapia em câncer, Hadassah Medical Center, com sede em Jerusalém.
Em todas as suas declarações durante o jantar, Michal passou uma mensagem de esperança a respeito dos novos tratamentos que envolvem a imunoterapia, assunto do qual o Hadassah é um dos pioneiros no mundo, além de ressaltar a importância da prevenção e da realização de exames para diagnóstico precoce.
— Vim ao Brasil, um local que reúne excelentes centros médicos, para transmitir as novidades a respeito das pesquisas e do trabalho clínico que estão sendo feitos pelo Hadassah em Jerusalém. O campo da imunoterapia ainda é novo na oncologia e nem tantos institutos de oncologia investem nisso. Temos acumulados 20 anos de conhecimento nesta área e é importante multiplicar essas informações, para o benefício de um maior número de pessoas.
Durante o encontro, que contou com a presença de convidados que apoiam a causa, como a apresentadora Xuxa, Michal ressaltou que os avanços da imunoterapia já deixaram de ser apenas teóricos para, em muitos casos, alcançarem resultados eficientes. O tratamento, cada vez mais, tem obtido respostas muito positivas, que já podem ser observadas hoje em dia com muito mais frequência, segundo ela.
— Já há uma gama de tipos de câncer que podem ser tratados com a imunoterapia. São os casos, por exemplo, de melanoma (câncer de pele), câncer na bexiga, no estômago, do Linfoma de Hodgkins. Estão sendo descobertas cada vez mais técnicas e medicamentos para aumentar muito mais os tipos de tumor alcançados pela imunoterapia. Isso é uma grande esperança.
Melanoma
Sobre o melanoma, sua especialidade, Michal afirmou que a doença tem quatro estágios básicos. Nos dois primeiros, há grande probabilidade de cura. Já nos terceiro e quarto, as dificuldades são maiores, pelo fato de o tumor já ter invadido certos sistemas do organismo, como o linfático. O importante, segundo ela, é a prevenção, por meio da observação e exames de pele. Principalmente para aqueles que têm histórico familiar da doença.
— São duas maneiras de se desenvolver a doença. Uma é o excesso de sol, que pode ser evitado com a conscientização. Outra é de origem genética. É importante nesse caso que as pessoas façam a checagem com exames de pele. Quando se checa cedo pode se curar, isso é importante porque não é difícil o diagnóstico.
Um dos anfitriões do evento, Fábio Wajngarten, presidente do Hadassah Brasil, destacou que o hospital tem como objetivo divulgar as descobertas e as novas formas de tratamento para que elas sejam decisivas para a cura dos pacientes.
— O Hadassah Hospital tem feito parcerias com entidades do mundo inteiro, inclusive do Brasil, para interagir e transmitir conhecimento a essas instituições, por meio das pesquisas e tratamentos inovadores desenvolvidos pela instituição em Israel. O objetivo da vinda da drª Michal é nobre, já que queremos passar uma mensagem positiva, do bem, para as pessoas.
Com um de seus hospitais em Israel sendo erguido pela primeira vez em 1918, em Jerusalém, o Hadassah Medical Center é um dos pilares da organização Hadassah, com sede nos Estados Unidos. Em Israel, atua na área de pesquisa, de atendimento hospitalar e de educação, ligado à Universidade Hebraica de Jerusalém.
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